Na entrevista desta quinta-feira à RTP, Passos Coelho afirmou que o número de trabalhadores precários está a baixar. Para João Semedo, tal afirmação “é completamente falsa, pelo contrário, nos últimos três anos a precariedade aumentou, e muito, e adquiriu novas características”.
Por exemplo, acrescentou o coordenador bloquista, referindo o abuso dos Contratos Emprego Inserção (CEI e CEI+), “hoje trabalha-se para o Estado sem receber salário e há 56 mil portugueses nessa situação”.
O coordenador do Bloco estranhou ainda não ter havido uma palavra sobre o escândalo de corrupção em torno dos 'vistos gold', que decorreu sob o seu Governo e envolveu altas esferas do Estado. “A pretexto de trazer para o país investimento privado, o que nós assistimos foi a casos de fraude, burla e corrupção, numa dimensão como até hoje o país nunca tinha visto”, acusou.
Semedo criticou ainda as palavras do primeiro ministro sobre os casos de corrupção que têm sido conhecidos nos últimos meses. “Pedro Passos Coelho defendeu que é no Estado, nas empresas públicas, o espaço privilegiado da corrupção, ora a realidade prova precisamente o contrário, os escândalos bancários, seja o BPN, o BPP e finalmente o Banco Espírito Santo, são todos bancos privados”, lembrou, acrescentando que não conhece “nenhum caso de fraude, burla ou corrupção envolvendo a Caixa Geral de Depósitos”.
O coordenador do Bloco estranhou ainda não ter havido uma palavra sobre o escândalo de corrupção em torno dos 'vistos gold', que decorreu sob o seu Governo e envolveu altas esferas do Estado. “A pretexto de trazer para o país investimento privado, o que nós assistimos foi a casos de fraude, burla e corrupção, numa dimensão como até hoje o país nunca tinha visto”, acusou.
Para João Semedo, as suspeitas de corrupção pairam sobre as privatizações do Governo, na REN e EDP, que foram investigadas pelo Ministério Público, mas também nos negócios da Portugal Telecom, cujos problemas se agravaram "já com Pedro passos Coelho a governar, quando acabou com a 'golden share'”.