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Mural em Lisboa assinala dia pelo fim da violência contra as mulheres

Rede 8 de Março pinta um mural político em Lisboa, “para que a exigência do fim da violência contra as mulheres fique gravada nas paredes da cidade.”
Mural deixou gravada num muro da cidade a exigência do fim da violência machista. Fotos de Catherine Boutaud
Mural deixou gravada num muro da cidade a exigência do fim da violência machista. Fotos de Catherine Boutaud

Nesta terça-feira, dia 25 de novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, a Rede 8 de Março pintou um mural político na Avenida das Forças Armadas, em Lisboa, “para que a exigência do fim da violência contra as mulheres fique gravada nas paredes da cidade recordando as pessoas que se trata de um problema que nos afeta a todas/os e a todas/os cabe a responsabilidade de agir”, de acordo com um comunicado divulgado.

A Rede 8 de Março é um movimento que junta diversas associações feministas, antirracistas, de defesa de direitos das pessoas LGBT, de imigrantes e de combate à precariedade.

“Era uma vez em 2014 – 35 mulheres assassinadas. Quem será a próxima?”, lê-se no mural, em referência às mulheres que foram assassinadas este ano em Portugal, na sua maioria de forma brutal. “Chega de violência machista!”, lê-se também no mural.

Silêncio ensurdecedor

A violência doméstica em Portugal é sobretudo uma violência de género, rodeada de um silêncio ensurdecedor

A pintura do mural contou com o apoio da Galeria de Arte Urbana do Departamento de Património Cultural da Câmara Municipal de Lisboa. “A violência doméstica em Portugal é sobretudo uma violência de género, rodeada de um silêncio ensurdecedor”, diz o comunicado.

Para a Rede 8 de Março, “precisamos de medidas rápidas e eficazes para mudar esta realidade. Precisamos de polícias e juízes com formação adequada, meios e apoios para proteger as mulheres vítimas de violência, as famílias despedaçadas e as crianças e jovens que ficam órfãos, e também de uma nova campanha pública nacional de sensibilização e de chamada à responsabilidade, convocando cada cidadã/cidadão deste país a não ser cúmplice ou culpado de violência contra as mulheres”. 

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