O apelo 3A (Alternativa À Austeridade) juntou partidos como o Parti de Gauche, o PCF, NPA e mais de cem sindicatos e associações numa mobilização contra a austeridade nas ruas de França. Em Paris, este protesto contou também com a presença do núcleo do Bloco de Esquerda na capital francesa. O Parlamento francês vai votar na terça-feira o orçamento de Estado que os manifestantes apelidam de “austeridade ineficaz”.
“Esta é a maior diversidade política, sindical e associativa desde a eleição de François Hollande, neste lado do espectro político”, congratulou-se Eric Coquerel, coordenador do Parti de Gauche.
“François Hollande deve entender que ele não é o nosso rei, é apenas o nosso eleito”, declarou por seu lado o ex-candidato presidencial Jean-Luc Mélenchon. “Ele não foi eleito para cortar nas despesas públicas, dar cobertura à brutalidade policial, desprezar a vida dos cidadãos comuns e achar que isso é que é ter coragem”, concluiu.
Para Olivier Besancenot, do NPA, o próximo orçamento “é uma fatura dolorosa apresentada a milhões de pessoas, para pagar uma prenda que é dada ao patronato, que é o pacto de responsabilidade. Pagamos esta prenda com a supressão de empregos, em especial nos serviços públicos”, declarou o dirigente político.
O protesto também assinalou a repressão contra os movimentos sociais, que resultou na morte de um jovem ativista ecologista durante uma ação contra a construção de uma barragem.