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Ferroviários cortam circulação da Linha do Norte e ocupam Estação de Santa Apolónia

Os trabalhadores protestaram desta forma contra a privatização da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), prevista no Orçamento do Estado para 2015. Em causa está também, segundo defendem, a segurança e a qualidade dos serviços prestados à população.
Foto de arquivo - Júlio Cardoso/CGTP.

Em declarações ao Esquerda.net, António Gomes, trabalhador da EMEF, explicou que a decisão de ocupar a Linha do Norte durante cerca de uma hora, na zona do Entroncamento, foi tomada esta tarde em plenário.

O protesto pacífico contou com a participação de cerca de centena e meia de trabalhadores, que quiseram manifestar o seu desagrado face à intenção do governo, plasmada no Orçamento do Estado para 2015, de privatizar uma empresa “estratégica para a economia do país e para o setor ferroviário”.

Segundo António Gomes, em causa estão não só os postos de trabalho e os direitos dos trabalhadores, como também a própria “segurança e qualidade dos serviços prestados às populações”.

Durante a interrupção da Linha do Norte, um comboio Alfa Pendular ficou retido durante cerca de 40 minutos, bem como mais três outras composições que circulavam no sentido Norte – Sul. No sentido contrário, ficou parado um comboio regional.

A Estação de Santa Apolónia, em Lisboa, também foi palco de um protesto que levou à ocupação de duas linhas, atrasando a circulação de um Alfa Pendular e de um Intercidade, segundo confirmou Abílio Carvalho, do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Ferroviário, em declarações à Sic Notícias.

Já no Porto, trabalhadores da EMEF concentraram-se junto à estação do Metro do Porto Nau Vitória.

"As oficinas da EMEF são um setor público essencial para a segurança, manutenção do equipamento e estão postas em causa agora" afirmou à Lusa Paulo Milheiro, do Sindicato dos Trabalhadores do Setor Ferroviário.

O sindicalista informou ainda que está já prevista a realização de uma marcha em frente à sede da EMEF, na Amadora, para o dia 4 de dezembro.

"Esta marcha, em que os trabalhadores lembrarão os 10 anos do encerramento da Sorefame, que fazia a reparação e a construção de material ferroviário, terá como objetivo tentar travar a ideia de privatizar a EMEF", esclareceu.

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