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“Ministra da Justiça recorreu a inventona e deve demitir-se”

João Semedo acusa Paula Teixeira da Cruz de inventar uma sabotagem da plataforma informática Citius para fugir às suas responsabilidades políticas, recordando que a ministra acusou ilegitimamente dois funcionários e perseguiu-os, abusando dos seus poderes.
Ministra da Justiça fugiu às suas responsabilidades, acusa João Semedo. Foto de José Sena Goulão - Lusa
Ministra da Justiça fugiu às suas responsabilidades, acusa João Semedo. Foto de José Sena Goulão - Lusa

O coordenador do Bloco de Esquerda acusou na noite de terça-feira, em Coimbra, a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, de inventar uma "sabotagem" da plataforma de gestão processual Citius para fugir às suas responsabilidades políticas.

"Estamos perante uma ‘inventona’ construída pela ministra da Justiça para fugir às suas responsabilidades", disse à agência Lusa João Semedo, a propósito da decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de arquivar o inquérito contra dois funcionários da PJ, que eram suspeitos de sabotagem da plataforma Citius.

Abuso de poderes

Para João Semedo, Paula Teixeira da Cruz "inventou uma sabotagem, acusou ilegitimamente dois funcionários e perseguiu-os", sublinhando que a ministra "abusou dos seus poderes, para tão rapidamente a PGR dizer que a queixa não tinha pernas para andar".

A ministra inventou uma sabotagem, acusou ilegitimamente dois funcionários e perseguiu-os.

O deputado do Bloco sublinhou que "dois meses depois, ainda não há uma explicação para o colapso do Citius nem para o caos criado nos tribunais", com a ministra "a fugir ao dever de explicar o buraco em que meteu Portugal".

O coordenador nacional do Bloco voltou a defender que a ministra, "que recorre a uma ‘inventona’ desta dimensão e gravidade", "deve demitir-se ou ser demitida".

"Nunca ninguém me informou de nada”

Nesta quarta-feira, na Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Liberdades e Garantias, a ministra da Justiça voltou a alegar que não foi informada dos problemas da Citius. "Nunca ninguém me informou de nada. Deviam era ter consultado as atas finais, que incluem os conselhos superiores, onde se diz que tudo estava perfeito", afirmou aos deputados.

"A tutela não foi de todo informada. Os próprios dirigentes diziam que era possível em 15 dias pôr tudo de pé", voltou a garantir. "Estou aqui de cabeça erguida. Cumpri o meu dever", afirmou.

Bloco de Esquerda, PCP e PS voltaram a pedir a responsabilização da ministra e a sua demissão.

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