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Petróleo derramado pela BP no Golfo do México espalhou-se por 3 mil km²

No dia 20 de abril de 2010, uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, explorada pela BP no Golfo do México, matou 11 pessoas e causou um derrame de petróleo equivalente a cerca de 5 milhões de barris, tornando-se no maior acidente ambiental da história dos Estados Unidos.
Mediante a análise de 3000 amostras recolhidas em 534 locais, os autores de um estudo publicado na segunda-feira na revista científica da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos estimam que uma parte dos cerca de 2 milhões de barris de petróleo - o equivalente a 318 milhões de litros - que nunca chegaram à superfície encontra-se no fundo do oceano, tendo-se espalhado por uma área de 3.200 quilómetros quadrados.
“A nossa análise sugere que o petróleo esteve suspenso em águas profundas e depois foi assentando no fundo oceânico”, indicam os investigadores da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara e Irvine, e do Instituto Oceanográfico Woods Hole, em Massachusetts.
A BP, que tem vindo a atacar a comunicação social e os ambientalistas, a quem acusa de “oportunismo” e de tentarem empolar os efeitos do derrame, rejeitou as conclusões do estudo, defendendo que não existem provas que possam ligar os vestígios encontrados pelos cientistas ao desastre da Deepwater Horizon.
Em setembro, um Tribunal Federal considerou a BP culpada de negligência grosseira no derrame, sendo que a empresa poderá ter de vir a pagar uma multa até 18 mil milhões de dólares.
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