Desde a passada quinta-feira, a Estónia é o primeiro país da antiga União Soviética a reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo e o direito à adoção.
Com esta decisão, o pequeno país do báltico inaugurou uma nova era de direitos civis não só no país como numa região do mundo onde a perseguição da população LGBT tem sido regularmente notícia.
O projeto de lei foi aprovado com 40 votos a favor, 38 contra, 10 abstenções e 13, num total de 101, faltaram à votação.
Estas medidas vão no sentido contrário ao da legislação e do discurso político em diversos outros países da ex-URSS, e sobretudo na Rússia. "Na sociedade soviética, aquele que era diferente era um inimigo. Inclusive por causa da orientação sexual diferente, era mesma passível de punição", recordou o social-democrata e também Presidente do Parlamento estónio Eiki Nestor. Só o facto de esta lei ser aprovada tornará a nossa sociedade mais tolerante".
A lei concede também aos casais homossexuais direitos iguais em matéria de direito e de saúde.
Os adversários da lei, entre os quais a Fundação pela Proteção da Família e da Tradição, apoiada por organizações americanas similares e pelos meios católicos, fizeram uma campanha ativa contra a lei que diziam “minar as bases morais da sociedade”.