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Memórias: "Monty Python" estreou-se há 45 anos

No dia 5 de outubro de 1969, estreou-se a série televisiva “Monty Python’s Flying Circus” (O Circo Ambulante dos Monty Python), na BBC. Baseada em sketches curtos com uma crítica social corrosiva, humor surrealista e absurdo. Por António José André.
Foto de Paul Townsend, flickr.

Os Python foram um grupo de humoristas que, através do seu estilo, sintetizou os usos e costumes da sociedade britânica dos anos 60 e 70, e tornaram-se referência de humor em todo o mundo.

O fenómeno começou na televisão, mas espalhou-se por livros, filmes, programas de rádio…Grupos de humoristas, como os Gato Fedorento, afirmaram ser influenciados pelos Monty Python, no modo como os sketches muitas vezes tendem para o absurdo.

Michael Palin e Terry Jones conheceram-se na Universidade de Oxford, onde atuavam num grupo de teatro. John Cleese, Graham Chapmane e Eric Idle conheceram-se na Universidade de Cambridge.

Cleese conheceu Terry Gilliam, em Nova Iorque, quando estava em tournée com o seu grupo teatral. A BBC, impressionada com o trabalho de Cleese e Chapman, ofereceu-lhes um programa exclusivo. Cleese convidou Palin, Idle, Jones e Gillian a juntarem-se ao duo.

Eric Idle, o músico do grupo, não foi o autor da canção “O Sino da Liberdade” daquela série televisiva. Em “A Vida de Bryan”, ele canta a canção mais conhecida dos Monty Python “Always Look on the Bright Side of Live”.

Idle era conhecido pelo uso de perucas ridículas e pelos seus papéis, como o “Homem Invisível”, o “Homem das Fotos”, o “Homem que Queria uma Formiga” e outros. Interpretou o “Valente” Sir Robin em “Monty Phyton, Em Busca do Cálice Sagrado”.

Michael Palin, o "Python agradável”, ficou conhecido pelas melhores cenas em “Os Franceses da Ovelha Voadora” ou “A Consulta das Discussões”. Desempenhou o papel de Bevis, o barbeiro psicópata que quería ser lenhador em “A Canção do Lenhador”.

John Cleese estudou direito, em Cambridge, e teve fama como apresentador da BBC, ao repetír “And now for something completely different” (“E agora algo totalmente diferente”). Depois do fim dos Python, trabalhou em filmes cómicos ("Um Peixe chamado Wanda" e “Harry Potter”) e em filmes de James Bond como o inventor “Q”.

O norte-americano do grupo, Terry Gilliam, apreciava mais a direção do que a atuação, razão pela qual os seus papéis foram esporádicos. Ficou conhecido pelas cenas em que se usavam quadros e fotografías. Depois do fim do grupo, dirigiu filmes surrealistas e fantásticos: “Brazil” e “Os 12 Macacos”.

Terry Jones é recordado principalmente pelos papéis de mulher com uma voz esganiçada. Interpretou a divertida mãe de Brian em “A Vida de Brian”, filme que ele mesmo dirigiu. Depois do fim do grupo dedicou-se à televisão como roteirista e apresentador.

Médico formado, em Cambridge, Graham Chapman era conhecido por interpretar tipos autoritários, como o famoso coronel que interrompia os sketches. Foi protagonista em “A Vida de Brian” e “Monty Phyton em Busca do Cálice Sagrado”.

Chapman morreu, no dia 4 de outubro de 1989. No seu funeral, Idle cantou “Always Look on the Bright Side of Life”, canção que encerrava “A Vida de Brian”. A mensagem da canção era adequada ao sentido de humor e à generosidade do colega falecido.

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