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#StopCañete: 86 eurodeputados contra o “petrocomissário” do Ambiente

Eurodeputados de vários grupos políticos assinaram um manifesto pela retirada do ex-governante espanhol Miguel Arias Cañete, ligado à indústria petrolífera, proposto para integrar a Comissão Juncker.
O ex-governante do PP espanhol vai passar um mau bocado quando for examinado em Estrasburgo.

Arias Cañete foi escolhido por Juncker para a pasta da Energia e Ação pelo Clima. Mas nas últimas semanas foram lembradas as incompatibilidades e conflitos de interesses do ex-ministro espanhol.

“Os seus vínculos pessoais e profissionais com a indústria energética, onde tem também interesses económicos, é absolutamente incompatível com o trabalho de um Comissário da UE que deve estar ao serviço do interesse geral”, diz o manifesto assinado por 86 eurodeputados, na sua maioria do GUE/NGL, onde se incluem Bloco de Esquerda e PCP, e dos Verdes Europeus.

“Os seus vínculos pessoais e profissionais com a indústria energética, onde tem também interesses económicos, é absolutamente incompatível com o trabalho de um Comissário da UE que deve estar ao serviço do interesse geral”, diz o manifesto assinado por 86 eurodeputados, na sua maioria do GUE/NGL, onde se incluem Bloco de Esquerda e PCP, e dos Verdes Europeus.

A Comissão de Assuntos Jurídicos deu luz verde à declaração de interesses de Cañete, que vendeu no dia 18 de setembro os 2,5% de ações que detinha tanto na Petrolífera Ducar como na Petrologis Canárias. Mas para os eurodeputados promotores do manifesto #StopCañete, a questão é política e não tem só a ver com petróleo. “O seu perfil político machista deveria ser inaceitável nas instituições europeias”, diz o manifesto, recordando “as recentes declarações em que pôs em causa a capacidade intelectual das mulheres”.

"Ter um comissário machista, mentiroso e com gravíssimos conflitos de interesses, e que ainda por cima foi parte ativa no afundamento do setor das energias renováveis, é uma bomba-relógio que mais cedo ou mais tarde irá rebentar, não apenas na Comissão mas em todas as instituições europeias", defendeu Javier Couso. O eurodeputado da IU acrescentou ao publico.es que apesar de Cañete já ter vendido as suas ações nas petrolíferas, "mais de 70% dessas empresas continua a pertencer aos seus familiares diretos".

Para além do manifesto impulsionado pelos eurodeputados do Podemos, Izquierda Unida, EQUO e AGE, foi também lançada uma petição online esta terça-feira contra a escolha do “petrocomissário” para o Ambiente, tendo recolhido mais de 85 mil assinaturas em poucas horas. A petição dirige-se precisamente aos grupos parlamentares dos liberais e socialistas, que têm um pacto de legislatura firmado com os conservadores.

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