A vida política continua atribulada para o impopular François Hollande, depois das eleições municipais e europeias, o Presidente francês viu, este domingo, o seu Partido Socialista perder a maioria no Senado, que mantinha desde 2011 (178 senadores contra 166 da direita).
Bem diferente foi o ambiente vivido na sede da Frente Nacional. Marine Le Pen pôde, uma vez mais, cantar vitória, ao ver o seu partido de extrema-direita a entrar, pela primeira vez na história do país, no Senado e logo com direito a dois lugares.
No entanto, o grande vencedor da noite eleitoral foi a UMP, que em coligação com o partido centrista UDI, reconquistou a maioria para a direita na câmara alta francesa.
Segundo o Le Monde, o partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy conquistou 23 mandatos e perdeu onze, ficando com 145 senadores, ao que acrescem os 38 centristas, num total de 348.
As eleições para o Palácio do Luxemburgo, ou “lar de idosos da República, como é popularmente designado, foram parciais, tendo estado sob sufrágio apenas metade dos mandatos.
As eleições para o órgão de Estado são realizadas através de um colégio eleitoral formado principalmente por eleitos locais e regionais, o que fazia antever a nova hecatombe socialista, uma vez que estes já tinham saído bastante desfalcados nas eleições locais.
Apesar do Senado estar dotado de poucos poderes e deter um papel essencialmente simbólico e de representação local, o resultado está a ser lido como mais um sinal do reforço da direita e extrema-direita francesa.