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Carlos Mendes recebe Medalha de Honra da SPA pelos seus 50 anos de carreira

O cantor, compositor e poeta Carlos Mendes, a celebrar 50 anos de carreira, vai receber esta segunda-feira a Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores, numa cerimónia na sede da cooperativa.
Carlos Mendes num comício do Bloco de Esquerda em Almada. Foto de Paulete Matos

Carlos Mendes, de 67 anos, iniciou carreira nos grupos pop e rock na década de 1960, nomeadamente os Sheiks, de que, entre outros, faziam parte Paulo de Carvalho e Jorge Barreto.

Carlos Mendes manteve-se neste grupo de 1864 até 1967, quando iniciou uma carreira a solo. Em 1968 venceu o Festival RTP da Canção com o tema “Verão”, em 1972 voltou a vencer este certame com “Festa da Vida”.

Sobre Carlos Mendes afirma a “Enciclopédia da Música em Portugal no século XX”, dirigida pela musicóloga Salwa Castelo-Branco; “Nas suas interpretações a voz tem um papel melódico central, criando uma relação de equilíbrio entre a palavra e a música”.

A cerimónia na sede da SPA, em Lisboa, realiza-se às 18:30, e intitula-se "o homem, o músico e o cantor", e será feita uma evocação da carreira do criador de “Amélia dos olhos doces”.

Em 1973 Carlos Mendes terminou a licenciatura em arquitetura, atividade que exerceu até 1982.

Entre o estirador e os estúdios, em 1976 fundou com Paulo de Carvalho e Fernando Tordo a discográfica Toma Lá Disco. Nesse mesmo ano saiu o seu álbum “Amor Combate” ao qual se seguiu, em 1977, “Canções de ex-Cravo e Malviver”. “Amélia dos olhos doces”, “Ruas de Lisboa” e “Lisboa, meu amor”, são alguns dos êxitos saídos destes dois discos.

Outro álbum que publicou na década de 1970 foi “Canto de Amor de Combate”, constituído na totalidade por poemas de Joaquim Pessoa, ao qual se seguiu, em 1982, “Jardim Jaleco”, em 1984, “Triângulo do mar” e “Chão do Vento”.

Carlos Mendes na década de 1980 frequentou a escola do Hot Clube de Portugal e foi aluno de piano de Fernanda Chichorro. Na década de 1990 estudou canto com Cristina de Castro.

Em 1986, começou a compor para teatro, cinema e programas televisivos, sendo autor da banda sonora de “O Vestido cor de fogo” (1986), filme de Lauro António, a partir do conto homónimo de José Régio.

Carlos Mendes assinou ainda a música original das peças “O Touro”, “O destino morreu de repente” e “Quando passaram cinco anos”, todas levadas à cena nas décadas de 1980 e 1990, no Teatro A Comuna, em Lisboa.

Em 1989, Carlos Mendes participa no espetáculo e grava o CD “Só Nós Três”, com Paulo de Carvalho e Fernando Tordo, sob a direção musical de Pedro Osório.

Na década de 1990, Carlos Mendes editou os álbuns “O Natal do Pai Natal”, “Não peças mais Canções” e “Vagabundo do Mar”.

Como compositor, a partir da década de 1990, musicou poemas de Luís de Camões, Sophia de Mello Breyner Andresen, António Botto, Cesário Verde, Manuel da Fonseca José Jorge Letria, Joaquim Pessoa e Mário Soares.

Em 1993 apresentou com Fernando Tordo, o programa televisivo “Falas tu, ou falo eu”, na SIC.

Nesta década estreou-se como ator a convite do encenador Artur Ramos para integrar o elenco da peça elenco da peça "O Luto de Electra" de Eugene O’Neil, gravada para a RTP. Experiência que repetiu anos mais tarde na série “Morangos com Açúcar”, na TVI.

Em dezembro de 1999 editou o álbum "Coração de Cantor".

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