Numa audição esta terça-feira na Assembleia da República, a ministra desvalorizou o colapso do sistema informático que geria os processos dos tribunais portugueses, dizendo aos deputados que "já existia justiça antes do Citius e vai continuar a existir". Enquanto continua sem resposta quanto ao prazo previsto para resolver o problema, Paula Teixeira da Cruz apresentou um "plano B", que passa pela distribuição de um ficheiro Excel com a lista de processos a atribuir a cada magistrado de cada comarca. Quanto aos advogados, que deixaram de poder contar com o Citius para transmitir atos judiciais, a ministra diz que isso não os impede de fazer o seu trabalho graças à existência do "correio em papel".
“Não pensei que viesse aqui desvalorizar o problema do Citius. Se está tudo bem porque pediu então desculpas?”, perguntou-lhe a deputada bloquista Cecília Honório. Na resposta, Paula Teixeira da Cruz admitiu os "transtornos causados", sublinhando que "transtorno é diferente de caos".
“Não pensei que viesse aqui desvalorizar o problema do Citius. Se está tudo bem porque pediu então desculpas?”, perguntou-lhe a deputada bloquista Cecília Honório. Na resposta, Paula Teixeira da Cruz admitiu os "transtornos causados", sublinhando que "transtorno é diferente de caos".
Também em resposta à deputada do Bloco, a ministra garantiu que "não vai fazer rolar cabeças enquanto estiver a resolver o problema” do sistema informático Citius, deixando o "apuramento exaustivo das responsabilidades para mais tarde".
A este adiamento não devem ser alheias as declarações contraditórias entre os atuais responsáveis pelo sistema Citius e os que conceberam o programa antes de se demitir em fevereiro de 2013. Enquanto os primeiros dizem que a equipa demissionária não transmitiu nenhuma informação sobre o Citius, indo embora "sem deixar um papel", os seus antecessores desmentiram-nos com documentos e acusam a nova equipa de ter rejeitado a proposta de um plano de transição com a duração de um mês. Por essa razão, o Bloco de Esquerda quer ver agora esclarecido quem fala verdade e chamar os criadores do Citius à comissão parlamentar para esclarecerem "o que efetivamente se passou".