Em Aveiro e Vila Nova de Poiares, Bloco opõe-se ao recurso ao fundo de apoio municipal

11 de September 2014 - 14:34

O Bloco de Esquerda considera que o recurso das câmaras de Aveiro e de Vila Nova de Poiares ao fundo de apoio municipal (FAM) imporá uma redobrada austeridade às populações desses concelhos. Na AR, o partido votou contra o FAM e foi o único partido da oposição a apresentar propostas de alteração na especialidade.

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A câmara de Aveiro "revela-se incapaz de resolver os problemas financeiros da autarquia conhecendo apenas a receita do governo da mesma coligação: mais austeridade", afirma o Bloco

Vila Nova de Poiares: 40 anos de governação autárquica desastrosa de Jaime Soares do PSD

Para o Bloco de Esquerda do distrito de Coimbra, “a Câmara de Vila Nova de Poiares encontra-se entre a espada e a parede: precisa de dinheiro para pagar à banca, pagar salários, transportes e refeições escolares, manutenção do sistema de abastecimento de água e recolha de resíduos”. O partido salienta (ver notícia no site coimbra.bloco.org): “A difícil situação em que se encontra é resultado de cerca de 40 anos duma governação autárquica prepotente e desastrosa de Jaime Soares”.

Apesar da difícil situação da autarquia, o Bloco opõe-se ao recurso ao FAM, que “castigará injustamente os poiarenses impondo-lhes uma redobrada austeridade” e assinala que a câmara de Vila Nova de Poiares “ainda não aderiu ao FAM”, “mantém intocáveis as suas competências e autonomia em matéria tributária” e “tem a obrigação de encontrar alternativas que não agravem drasticamente a vida dos poiarenses”.

Bloco opõe-se a “mais uma onda de austeridade sobre os aveirenses”

Em comunicado, o Bloco de Esquerda de Aveiro denuncia que “Ribau Esteves em campanha eleitoral garantiu não aumentar impostos”, que “mentiu, já que com a adesão ao FAM disparam para o valor máximo” e que o executivo municipal “revela-se incapaz de resolver os problemas financeiros da autarquia conhecendo apenas a receita do governo da mesma coligação: mais austeridade”.

Em ambos os casos, os comunicados assinalam que, na Assembleia da República, o “Bloco de Esquerda votou contra e foi o único partido da oposição a apresentar propostas de alteração na especialidade, em que se excluía a obrigatoriedade de fixação das taxas máximas no IMI, na derrama e na participação fixa no IRS”.