Bloco responsabiliza Governo por situações de "rutura" no Hospital de Aveiro

09 de September 2014 - 17:59

As perturbações registadas no Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, nos meses de verão, e o atraso nas listas de espera das consultas de dermatologia, foram alvo de crítica por parte do deputado bloquista Pedro Filipe Soares, que acusou o executivo de impedir “o funcionamento normal da saúde”.

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"Viemos descobrir que já tinha sido pedido, meses antes do período de férias, o aumento de auxiliares e enfermeiros. No entanto, a admissão desses profissionais, que já deviam estar a trabalhar, está parada entre o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças, o que prova que é também o Governo que impede o funcionamento normal da saúde, com impactos diretos, como neste Hospital", criticou o dirigente do Bloco de Esquerda após ter reunido com o conselho de administração do Centro Hospitalar do Baixo Vouga.

"Há também vários entraves burocráticos para suprir baixas prolongadas, o que dificulta o agendamento dos profissionais e a resposta aos utentes", acrescentou Pedro Filipe Soares em declarações à agência Lusa.

O atraso nas listas de espera do serviço de Dermatologia também foi debatido durante a reunião com a administração hospitalar.

Segundo pôde confirmar o deputado bloquista, “são mais de sete mil pessoas que estão em lista de espera e o Hospital tem enorme dificuldade em responder a esta situação, apesar de a necessidade estar identificada”.

“Só recentemente é que conseguiram, através de contactos diretos com Coimbra, ter a cedência parcial de um dermatologista e mesmo assim apenas três dias por semana", continuou, defendendo que estas situações "demonstram a incapacidade governamental em colocar os profissionais onde eles fazem falta, apesar dos alertas e de se perceber que até havia um ‘superavit’ desses profissionais mais a sul".

No que respeita à mudança de valências entre as três unidades do Centro Hospitalar do Baixo Vouga, Pedro Filipe Soares transmitiu que, para o Bloco, “não é de menor importância a proximidade dos cuidados de saúde às populações” e que “esse deve ser um valor em cima da mesa".