Revelando ter informações privilegiadas sobre a matéria, Luís Marques Mendes afirmou, durante o seu comentário semanal na estação de televisão SIC, que “a venda [do BES] não vai ser feita em bolsa, mas sim através de uma espécie de concurso público, com carta fechada e depois serão analisadas as propostas”, acrescentando que o banco “vai ser vendido em conjunto e não em fatias, separando os ativos”.
O ex líder do PSD veio ainda informar o país que, neste momento, o Paribas já identificou alguns potenciais interessados, entre os quais um banco inglês, um brasileiro, três espanhóis e vários fundos financeiros.
“E, finalmente, na próxima semana já está prevista uma reunião entre o BdP e o Paribas para definir a cronologia das operações, para que as regras do jogo possam ser conhecidas”, avançou.
No que respeita aos depósitos no BES, Marques Mendes quis serenar os clientes desta instituição, sublinhando que “as pessoas que continuam a ter dinheiro no Novo Banco não têm de ter problemas, não há razão de intranquilidade”.
Convém lembrar que, no início de agosto, foi também Marques Mendes que antecipou o anúncio da entrada do Estado no BES.
Vinte e quatro horas antes do anúncio, por parte do Governador de Portugal, da intervenção no banco, o ex presidente do PSD já revelava um conhecimento muito pormenorizado sobre todo os contornos deste processo.