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Trabalhadores do fast-food nos EUA em greve

Esta quinta-feira, milhares de trabalhadores das cadeias de fast-food entraram em greve em mais de 100 cidades norte-americanas pelo salário mínimo de 15 dólares por hora de trabalho e pelo direito à sindicalização sem retaliações do patrão.
Concentração de grevistas em frente ao Mc'Donalds de Times Square, em Nova Iorque. Foto @popdemoc publicada em strikefastfood.org

O movimento "Fight for Fifteen" ("Luta pelos quinze") pretende aumentar a pressão sobre os administradores de cadeias como o Mc'Donalds ou a Burger King para aumentarem os salários de forma a que os seus trabalhadores possam viver acima da linha de pobreza. Muitos desses trabalhadores sustentam hoje as suas famílias com um salário que ronda os 7,25 dólares por hora.

Em Nova Iorque, mais de 400 pessoas sentaram-se em frente ao Mc'Donalds de Times Square ao início da manhã, bloqueando o trânsito, tendo sido detidos 19 grevistas. Os "sit-ins" junto aos restaurantes marcaram o dia de greve noutras cidades, como Detroit, onde foram presas 50 pessoas.

A luta teve início há dois anos em Nova Iorque e alargou-se a outras cidades, culminando esta quinta-feira com uma greve em mais de cem cidades norte-americanas, a sétima paralisação organizada por esta campanha. Em Nova Iorque, mais de 400 pessoas sentaram-se em frente ao Mc'Donalds de Times Square ao início da manhã, bloqueando o trânsito, tendo sido detidos 19 grevistas. Os "sit-ins" junto aos restaurantes marcaram o dia de greve noutras cidades, como Detroit, onde foram presas 50 pessoas.

"Tem de existir desobediência civil porque os trabalhadores não vêem outra forma de conseguir os 15 dólares por hora e um sindicato", afirmou Kendall Fells, do grupo Fast Food Forward, ao USA Today, sublinhando o "longo historial" deste tipo de ações, "desde o movimento pelos direitos civis ao dos trabalhadores agrícolas".

A associação patronal do setor continua a resistir em aceitar as exigências dos trabalhadores e acusou o movimento de ser dirigido por sindicatos "que põem em risco a segurança dos trabalhadores e dos clientes". Mas os trabalhadores também contaram com apoios de peso, como o do procurador-geral de Nova Iorque, Eric Schneiderman, que publicou uma declaração aplaudindo a luta dos trabalhadores do fast food porque "ninguém que trabalhe 40 horas por semana deve viver na pobreza e isso passa por aumentar o salário mínimo". Há poucos dias, o próprio presidente Barack Obama, no seu discurso do Dia do Trabalhador, referiu-se ao movimento de trabalhadores do fast-food "que se organizam para subir os salários e poderem cuidar das suas famílias com orgulho e dignidade".

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