“Queremos que tudo fique esclarecido: as fugas de informação, as negociatas e as escolhas que estiveram em cima da mesa” quando o Governo decidiu comprometer dinheiros públicos na operação de resgate ao BES, defendeu Pedro Filipe Soares à saída da reunião dos líderes parlamentares que aprovou a comissão de inquérito.
“Nada pode ficar por esclarecer”, resumiu o líder da bancada do Bloco de Esquerda, incluindo também “as escolhas determinadas pelo BdP e pelo Governo, que levaram à colocação de um risco sobre o dinheiro público”, e consequentemente, sobre as contas do défice e da dívida.
O deputado bloquista considerou “essencial” que a comissão esclareça “tudo o que aconteceu ao BES, aos buracos financeiros que foram encontrados, ao relacionamento entre BES e GES”. Mas também “à forma como o banco funcionou como pilar destes interesses, que a família Espírito Santo tinha muito à sua medida e não à medida dos interesses dos depositantes e acionistas do BES”.
“Nada pode ficar por esclarecer”, resumiu o líder da bancada do Bloco de Esquerda, incluindo também “as escolhas determinadas pelo Banco de Portugal e pelo Governo, que levaram à colocação de um risco sobre o dinheiro público” e sobre as contas do défice e da dívida.
Acerca da condução dos trabalhos da comissão, que será formalizada no dia 19 de setembro, Pedro Filipe Soares disse ainda temer que exista por parte da maioria PSD/CDS “o que já aconteceu noutras comissões de inquérito”: a do caso dos swaps, “em que a maioria branqueou a ministra das Finanças”; ou a dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, em que impôs conclusões “que não eram aquelas quem quem assistiu aos trabalhos poderia validar, ao absolverem as responsabilidades do Governo”.
“A maioria não pode ser o branqueador da ação do Governo e deve ter a coragem de assumir que o Governo colocou em risco dinheiro público”, concluiu Pedro Filipe Soares.