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Israel prepara cortes no orçamento para pagar custos da guerra de Gaza

Primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anuncia cortes dos gastos do Estado para fazer face aos custos de 1900 milhões de euros na guerra da Gaza. A Educação deverá ser a mais atingida. Apenas a Defesa e a espionagem serão poupadas.
Aprovação de Netanyhau em queda. Foto US State Department

Os 50 dias de agressão militar ao território ocupado de Gaza tiveram um alto custo calculado em 1.900 milhões de euros. Para o cobrir, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu vai promover um corte na ordem dos 2% do orçamento de Estado deste ano. Segundo o diário britânico The Guardian, apenas a Defesa e o Shin Bet (espionagem) deverão ficar de fora destas medidas, enquanto os cortes maiores deverão atingir a educação.

Críticas dentro do governo

O ministro da Segurança Social, Meir Cohen, já saiu a público com críticas aos cortes de gastos, argumentando que não há gorduras para cortar no orçamento. “De quem vamos tirar? Dos que nada têm para pôr nas sandes para os filhos levarem para a escola?”, questionou.

Já há estimativas de que a guerra pode ter custado ao país uma redução de 0,5% do crescimento do PIB. No segundo trimestre do ano, o PIB já começara a desacelerar, incluindo no setor de alta tecnologia e principalmente no Turismo.

Do lado palestiniano, especialistas estimam que a reconstrução de Gaza pode demorar 20 anos e custar mais de 4.500 milhões de euros.

Apesar das críticas, Netanyahu tem defendido a prioridade ao setor da Defesa. Mas as novas medidas de austeridade estão a provocar a queda dos índices de aprovação do primeiro-ministro.  

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