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Petição defende que os Artistas Unidos fiquem no Teatro da Politécnica

Mais de 2.000 pessoas já assinaram o apelo a um compromisso entre a Universidade de Lisboa e a companhia teatral que permita a permanência do teatro como um importante espaço de cultura.
Petição pede que se mantenha o Teatro da Politécnica como espaço de cultura
Petição pede que se mantenha o Teatro da Politécnica como espaço de cultura

Foi lançada uma petição que defende um compromisso entre a universidade de Lisboa, os Artistas Unidos e cidadãos para que se faça a renovação do contrato que permita que a companhia teatral dirigida por Jorge Silva Melo se mantenha no Teatro da Politécnica, e que se mantenha este espaço de cultura, “onde criação, divulgação e formação coexistem, cumprindo uma luta que se espera ser também a de uma instituição universitária”.

Recorde-se que o reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra, afirmou há dois dias "não fazer sentido manter um contrato que não é honrado", referindo-se à utilização pela companhia do Teatro da Politécnica, que pertence à Universidade.

Já em 2012, um ano depois de os Artistas Unidos se terem instalado naquele espaço, a Universidade de Lisboa tinha ameaçado pôr termo ao contrato por a companhia não cumprir as contrapartidas financeiras pela cedência do espaço.

A companhia, por seu lado, alega não ter condições para pagar estes valores, depois de a Direcção-Geral das Artes (DGArtes) ter diminuído os apoios financeiros. E invoca ainda o investimento que fez em obras no espaço.

Evitar a asfixia de um projeto com múltiplas valências

Os signatários da petição, que já são cerca de 2.000 pessoas, afirmam que “seria importante que a Universidade de Lisboa tratasse a companhia como um verdadeiro parceiro, não desistindo tão facilmente de um espaço de cultura e de cidadania, não limitando as atividades, que vão muito para além da produção teatral própria dos Artistas Unidos, e evitando a asfixia de um projeto com múltiplas valências que o tornam indispensável na cultura portuguesa”.

Entre os subscritores conta-se o ensaísta e programador cultural Augusto M. Seabra, o investigador Bruno Béu, os atores Elmano Sancho, Custódia Gallego, Mónica Calle, Claudia Gaiolas, Ângela Pinto e Filomena Cautela, o cineasta Edgar Pêra, e o artista plástico Daniel Blaufuks; os escritores Hélia Correia, Maria Filomena Molder e Jacinto Lucas Pires, os dramaturgos Jaime Rocha e Jorge Louraço, a socióloga Isabel Castelão Rodrigues, o ensaísta João Barrento e o cineasta João Salaviza.

Os signatários da petição afirmam ainda que “não compreendemos como, desde junho de 2013, não foi possível chegar a um compromisso quanto ao plano de pagamentos com que os Artistas Unidos pretendem liquidar os valores em falta”, e alertam para o “concurso que a Universidade de Lisboa tenciona abrir em breve para a concessão do Teatro da Politécnica, com o qual diz defender o interesse público, tenha como único critério de decisão o valor de renda proposto pelos concorrentes, sem que o projeto ou o historial seja tido em conta, apesar do espaço ser destinado a atividade teatral”.

Entre os subscritores estão também a coreógrafa Olga Roriz, as atrizes Lia Gama e Mariana Norton, o diretor artístico do Teatro Praga, Pedro Penin, e o do Teatro Meridional, Miguel Seabra, e o escritor Miguel Castro Caldas.

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