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Fracking? Não, obrigada!

A divulgação dos químicos utilizados na fraturação hidráulica e das suas consequências a nível da saúde e do ambiente tem desencadeado uma forte contestação em diversos pontos do globo.

O Esquerda publicou um esclarecedor artigo de Marco António Moreno que denuncia o facto de as empresas transnacionais americanas de fracking, processo contestado por cientistas e ambientalistas, estarem a preparar-se para trazer para a Europa o gás de xisto, usufruindo das condições oferecidas pelo Acordo de Livre Comércio. Esta verdadeira invasão teria sido objeto de uma reunião secreta entre Merkel e a Administração Obama.

Na esteira deste artigo trazemos à colação as falaciosos declarações dos representantes da Comissão Europeia que garantiram que os efeitos no ambiente decorrentes do Acordo de Livre Comércio com os EUA deveriam ser “globalmente modestos” e que “nenhuma concessão seria feita sobre assuntos espinhosos como a importação de Organismos Geneticamente Modificados (OMGs) e de carne com hormonas, ou o gás de xisto.”

Ora é exatamente a importação do gás de xisto extraído através do processo de fracking que terá estado em cima da mesa nas ultra secretas negociações de junho. O objetivo seria abrir caminho à importação pela Europa deste gás.

O fracking ou fratura hidráulica consiste na extração do gás de xisto que se encontra preso nas rochas subterrâneas através da sua fraturação. Neste processo são utilizados milhões de litros de água e produtos químicas altamente tóxicos e cancerígenos que se misturam com a água das camadas subterrâneas e contaminam a atmosfera. A perigosidade destes químicos foi reconhecida num Relatório de 2011 da Comissão de Energia e Comércio do Partido Democrata na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.

Acresce que nas regiões dos EUA onde esta técnica é utilizada têm ocorrido um número anómalo de fenómenos sísmicos. Pelo menos 109 terramotos foram registados no estado de Ohio, ao longo de 14 meses. Os sismos teriam começado após 13 dias do início das fraturas hidráulicas na região.

A divulgação dos químicos utilizadas na fraturação hidráulica e das suas consequências a nível da saúde e do ambiente tem desencadeado uma forte contestação em diversos pontos do globo.

Nada que tire o sono à Administração Obama e à chanceler Merkel. As pessoas não contam quando valores mais altos se levantam!

Sobre o/a autor(a)

Dirigente do Bloco de Esquerda. Professora.
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