CDS/PP entende que novo diretor do Rivoli não tem direito à opinião política

14 de August 2014 - 1:36

O líder da distrital do CDS/Porto afirmou-se preocupado esta quarta-feira “porque pelos vistos há um avençado da Câmara Municipal do Porto que quer ter opinião política”, referindo-se ao novo diretor artístico do Rivoli, Tiago Guedes, que teceu críticas a Filipe La Féria e à “inexistência de uma política cultural” na cidade nos últimos anos.

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Tiago Guedes foi nomeado recentemente após vencer concurso público.

“O CDS fica preocupado porque pelos vistos há um avençado da Câmara Municipal do Porto que quer ter opinião política”, afirmou à Lusa Álvaro Castello-Branco, também ex-vice-presidente da autarquia, referindo-se às afirmações que Tiago Guedes proferiu no passado domingo em entrevista ao jornal Público.

O novo diretor artístico do Rivoli disse que o teatro “não tem sido bem cuidado” e foi deixado “em muito mau estado pelo Filipe La Féria” e criticou a “inexistência de uma política cultural” na cidade nos últimos anos.

“Não consigo compreender e acho inacreditável que alguém que é avençado da câmara, com uma prestação de serviços para fazer determinado trabalho, venha fazer declarações dessas perante equipas e vereadores que no passado foram eleitos pelos cidadãos do Porto”, frisou Castello-Branco.

Para o dirigente centrista, as declarações “políticas” do diretor artístico são de uma “gravidade enorme” pelo que espera que “quem de direito na câmara” defenda a política cultural “que defendeu no programa” eleitoral.

Álvaro Castello-Branco frisou ainda que o CDS “não se revê nas declarações dele - Tiago Guedes -, não é a política que defende para o Teatro Municipal do Rivoli e portanto está extremamente apreensivo com aquelas declarações que poderão ser, obviamente, corrigidas pelo vereador da cultura ou pelo presidente da Câmara”.

“Eu pretendo desde já marcar bem a posição do CDS de que não concordamos minimamente com tudo o que ele defendeu na entrevista que deu relativamente ao Teatro Municipal Rivoli”.

Contactada pela Lusa, fonte da Câmara do Porto afirmou que a autarquia não iria reagir às declarações de Álvaro Castello-Branco.