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Estado vai entrar no BES
Nesta sexta-feira, as ações do BES caíram para 12 cêntimos e a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) suspendeu a negociação das ações do banco em bolsa até à apresentação do plano de recapitalização do banco.
Na noite desta sexta-feira, a SIC e a TVI anunciaram que o Estado irá entrar no BES.
Segundo a TVI, a intervenção do Estado passará pela entrada direta no capital, através da subscrição de ações, e através do acesso a parte dos 6.400 milhões de euros que ainda restam da linha de apoio aos bancos criada pela troika.
Comentando a situação do BES, no programa “Tabu” na SIC Notícias, Francisco Louçã afirmou que “perante esta incerteza, só há uma solução: atuar a curtíssimo prazo”.
Salientando que “há dois milhões de clientes no BES e estas pessoas têm de ser protegidas”, Francisco Louçã lembrou que ninguém do BES “deu a cara” pelas contas do banco, criticou o Banco de Portugal por não ter dado explicações concretas pela retirada de poder à família Espírito Santo e sublinhou que o caso BES “será sempre caro, será sempre arriscado e é tudo o contrário do que o Primeiro-ministro garantiu”.
Goldman Sachs “livra-se” de ações do BES
Entretanto, ao longo desta sexta-feira as notícias negativas sobre o BES multiplicaram-se.
Mais duas holdings do Grupo Espírito Santo (GES) pediram a insolvência: a Espírito Santo Financière (ESFIL), 'holding' detida a 100% pela Espírito Santo Financial Group (ESFG) e que é dona do suíço Banque Privée Espírito Santo, pediu gestão controlada no Luxemburgo e a Espírito Santo Financial Portugal (ESFP), que também é detida a 100% pela ESFG pediu a insolvência em Portugal. A ESFP detém atualmente 19,1% do BES, além de uma participação de 45% na Partran que, por sua vez, detém 100% da participação da ESFG na Tranquilidade. As anteriores três holdings do GES que pediram a insolvência são a Espírito Santo International (ESI), a Rio Forte e a ESFG.
O Goldman Sachs vendeu 4,4 milhões de ações do BES e reduziu a sua participação no BES a menos de 2%.
Mais de 200 clientes do BES denunciaram publicamente a falta de reembolsos. Segundo declarou Luís Vieira da Associação de Defesa de Clientes Bancários (ABESD) à Lusa, metade destes “pequenos investidores” compraram papel comercial de empresas do GES, como a ESI, a ESFG ou a Rioforte, desconhecendo o tipo de produto em que estavam a aplicar as suas poupanças e não conseguem ser reembolsados. A ABESD é uma associação que foi criada na semana passada por clientes do BES que começaram a contactar entre si e perceberam que estavam a ser afetados pelos mesmos problemas, nomeadamente a falta de pagamento, desde junho, do papel comercial que detinham de empresas do grupo GES/BES.
Comments
Este governo deve ser
Este governo deve ser criminalizado a nivel penal, se intervir neste banco privado, porque significa que esta' a dar cobertura aos mafiosos que fizeram o buraco e assim pactuando indiretamente com a mafia banqueira.
É de justiça que,a família
É de justiça que,a família Espirito Santo Dr. Ricardo Salgado devolva o meu dinheiro investido no aumento de capital do BES,para o qual era aconselhado pelo meu gestor de conta, trata-se da sustentabilidade do BES, para não recorrer ao estado. Fui trabalhador do BES cerca de 35 anos. (1969-2004).Sempre lutei para valorizar o bom nome do BES,ajudei a criar riqueza,colaborar na produção.sentia-me orgulhoso por fazer parte do quadro do pessoal desta empresa.Hoje sinto-me triste e desiludido por tudo o que está acontecer :BANQUEIROS,POLITICOS,GOVERNO,PR,.Não tive amigos que me alertassem para a venda das acções mesmo perdendo parte do seu valor,visto que , a sua origem foi de aumentos de capital do BES com a aquisiçao de preços diferentes.
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