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Governo quer transformar o distrito de Viseu numa “ilha rodeada de portagens”

A Comissão Coordenadora Distrital de Viseu do Bloco repudia, em comunicado, a intenção do governo PSD/CDS de introduzir portagens no IP3. Segundo o Bloco “tal projeto significaria a negação de um direito fundamental, como é o direito de livre circulação de pessoas” e “iria dar um golpe profundo num dos sectores mais promissores do distrito: o turismo”.
Foto Wkimedia Commons.

No documento a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco alerta que, a confirmar-se a intenção do governo de direita, anunciada pelo secretário de Estado dos Transportes, o distrito ficaria “sem alternativas rodoviárias para Coimbra e para o Sul, com um mínimo de segurança, tal como fizeram com o IP5 (A25)”.

Neste sentido, “tal projeto significaria a negação de um direito fundamental, como é o direito de livre circulação de pessoas”, frisa o Bloco.

“O governo quer transformar a nossa região numa 'ilha rodeada de portagens por todos os lados', isolando as populações já tão fustigadas pela austeridade que não podem suportar o pagamento de portagens, mas têm de utilizar o automóvel para se deslocarem para o local de trabalho, na ausência de uma rede eficiente de transportes públicos”, acusa.

Segundo avança a Comissão Coordenadora Distrital do Bloco, “o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, também já admitiu a hipótese de concessionar a construção e exploração de uma auto-estrada para Sul, que não passe por Coimbra, mas foi ele próprio que confessou, em entrevista a um jornal de Viseu, que nesse caso, o governo não requalificaria o IP3 para não prejudicar aquele investimento privado, considerando que nenhum empresário investiria numa auto-estrada ao lado de uma alternativa com qualidade e sem portagens”.

“A requalificação do IP3 é um dever do Estado, a quem compete garantir a segurança rodoviária. A requalificação do IP3 é fundamental para acabar com o elevado índice de sinistralidade desta via, e para a revitalização do tecido económico da nossa região, mas a introdução de portagens não só iria prejudicar as empresas industriais, comerciais e agrícolas, como iria dar um golpe profundo num dos sectores mais promissores do nosso distrito: o turismo (interno e externo)”, remata o Bloco.

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