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Bloco promove debate sobre avaliação das unidades de investigação

O processo em causa ditará, segundo avança o Bloco, não só o “encerramento de diversos centros de investigação como o fim da investigação nalgumas áreas do saber”. A iniciativa terá lugar amanhã, quinta-feira, às 11h no Centro de Acolhimento ao Cidadão da Assembleia da República. Associação de Combate à Precariedade alerta que o “contrato entre FCT e ESF esconde critérios da segunda fase de avaliação”.
Fotografia da Uminho.

O Bloco convida investigadores e cientistas, responsáveis por centros de investigação, trabalhadores da ciência, a debater o processo de avaliação dos centros de investigação, promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. A iniciativa terá lugar esta quinta-feira, dia 24, às 11h, no Centro de Acolhimento ao Cidadão da Assembleia da República. A entrada é livre.

“O processo de avaliação das unidades de investigação nacionais, promovido pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, tem sofrido uma forte contestação por parte da comunidade cientifica. Em cima da mesa está não só o encerramento de diversos centros de investigação como o fim da investigação nalgumas áreas do saber. O risco é o desmantelamento da investigação cientifica em Portugal”, alerta o Bloco de Esquerda.

A iniciativa contará com a participação dos deputados do Bloco Catarina Martins e Luís Fazenda. Estão ainda confirmadas as presenças de António Sousa Ribeiro (Coordenador da direção do Centro de Estudos Sociais - Universidade de Coimbra), Rui Curado da Silva (Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas - Departamento de Física - Universidade de Coimbra), José Manuel Pureza (Centro de Estudos Sociais - Universidade de Coimbra) e João Lavinha (Departamento de Genética Humana - Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge).

“Contrato entre FCT e ESF esconde critérios da segunda fase de avaliação”

Mediante a divulgação do contrato celebrado entre a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a European Science Foundation (ESF), ficámos a saber que a FCT estipulou que, à partida, metade dos centros de investigação não passaria à segunda fase de avaliação.

Segundo alerta a Associação de Combate à Precariedade – Precários Inflexíveis (ACP/PI), este documento revela ainda que “o processo mantém-se inadmissivelmente obscuro”, já que os parágrafos onde os critérios e procedimentos da segunda fase da avaliação estariam descritos foram retirados, sendo substituídos por um (…).

“Provavelmente este sinal esconde o golpe da solução final, preparada por Crato e Seabra, para a ciência portuguesa", alerta a ACP/PI, defendendo que, "avaliando-se a excelência e o rigor científico e democrático destes responsáveis, a conclusão é inequívoca: demissão”.

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