Em relação ao primeiro semestre de 2013, o número de novas famílias a declarar insolvência aumentou 17,5%; 1051 novas famílias recorreram à justiça alegando dificuldades financeiras. Estes são números que o calor do verão não consegue camuflar. Os rostos da crise continuam a ser a verdadeira face da incompetência do governo PSD/CDS, que procura esconder a realidade do país através de exercícios de ilusão, como a criação de programas de formação e estágios mal remunerados através dos quais consegue magicamente fazer desaparecer 162 mil desempregados das estatísticas oficiais.
Como também já é característico no atual governo, apesar do rio de miséria que percorre o país de norte a sul, ninguém se responsabiliza. Hospitais internam grávidas porque é a única forma de garantir que são alimentadas, mas Paulo Macedo desvaloriza a questão, afirmando que são “casos típicos dos tempos difíceis que o país vive”.
Para muitas famílias portuguesas, este verão é sinónimo de férias forçadas – e prolongadas -, na praia do desemprego; para outras, é sinónimo da precariedade que assombra o emprego em Portugal. Para a maioria, este é o verão em que se fazem as malas para viajar, mas o destino em mente não é uma qualquer praia paradisíaca, mas sim um qualquer país que abra as portas ao povo que quer trabalhar.
Este é o último verão de governação para o PSD/CDS. Para que possamos projetar um futuro melhor, é necessário combater ativamente este governo austeritário.
Não há ministro a quem ainda reste um pouco de credibilidade e, agora que a Troika se foi embora, já ninguém acredita que a austeridade é culpa dos outros e não uma opção que quem prioriza a banca em detrimento das pessoas.
Em boa verdade, não é a season que é silly, é o governo, mas finge ainda não ter percebido.