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É preciso que o mundo intervenha para deter o exército de Israel
Num artigo do diário britânico The Guardian, o médico Mustafa Barghouti, líder da Iniciativa Nacional Palestina, apela a uma intervenção da comunidade internacional para conter o Exército israelita, que mobilizou 40 mil soldados da reserva. “Os líderes mundiais precisam deter esta escalada, para proteger o povo palestiniano e evitar mais matanças como as que testemunhámos esta semana”.
Punição coletiva
Barghouti sublinha que “a tragédia do desaparecimento e morte de três adolescentes israelitas, no mês passado, provocou uma campanha de punição coletiva contra cidadãos palestinianos nos territórios ocupados”: prisões em massa, ataques de vingança dos colonos israelitas que vitimaram um rapaz palestiniano – Muhammad Abu Khdair – que foi raptado, e alegadamente queimado vivo. “Ataques de rockets a partir de Gaza, desferidos em seguida, permitiram que Israel implementasse (e justificasse) o que acredito ser uma operação militar planeada com antecedência. Mas sejamos claros, não se trata de um ataque ao Hamas, nem um simples ato de autodefesa”.
O médico e militante não tem dúvidas: “O que está a ocorrer é um ataque a todos os palestinianos. A maioria das vítimas foram civis. Muitos dos que vão morrer nos contínuos ataques aéreos, assim como em quaisquer ações terrestres, serão pessoas comuns. E sabemos, da experiência passada, que um grande número destes civis serão crianças. No último ataque maior de Israel à Faixa de Gaza em 2008/9, morreram 89 crianças – pelos dados do próprio Exército israelita – o que, somado a outras estimativas, põem o total em cifras muito superiores”.
“A assimetria é a raiz de toda a violência”
Para Mustafa Barghouti, “a assimetria do conflito é talvez a raiz de toda a violência. O facto é que há uma ocupação militar ilegal que permanece há 47 anos. Uma ocupação que transformou a vida dos palestinianos num sistema opressivo de apartheid. Sem mudar isso, nada mais irá mudar. Nem os palestinianos nem os israelitas jamais poderão gozar de paz ou de segurança”.
Em conclusão, o líder da Intervenção Nacional Palestiniana apela a uma ação internacional: “Pedimos uma reunião imediata do Conselho de Segurança da ONU e uma resolução para impor um cessar-fogo completo com a proteção internacional efetiva do povo palestiniano, que não tem forma de se contrapor ao superpoder do poderoso Exército de Israel. Apelamos à liderança palestiniana para sair das hesitações em estabelecer uma direção palestiniana unificada e recorrer diretamente ao tribunal penal internacional para acusar Israel. Sem estas medidas, temo que o pior possa estar por vir”.
Comments
O Bloco continua a publicar
O Bloco continua a publicar artigos de opinião, de apoiantes do Hamas. Um partido que quer impor a Sharia na Cisjordánia,.... mas também em Israel. Que não aceita a existencia sequer de Israel.
Na proxima semana, quando isto de Israel passar, e como se nada fossse, iremos ver artigos de opinião contra práticas em paises Islamicos, contra crianças... contra homens.... contra mulheres, e nem falar em gays. Como se nada fosse, lol ....
Entretanto, fica o relato dos acontecimentos.
1- Na Cisjordania, 3 adolescenntes judeus são raptados.
2- Israel prende 500 palestiniannos, para ver se acha os 3 adolescentes. Não consegue.
3- Os 3 adolescentes, são torturados e mortos.
4- Um palestiniano é morto por radicais judeus.
5- São disparados centenas de Rockets (misseis) contra Israel
6- Israel dispara centenas de Misseis contra os Palestinianos.
Repare-se que o Hamas, etc, de 1 a 4, não investigou quem matou os 3 jovens Israelitas. Nem quis saber. Pelo contrário, os 3 jovens adolescentes estavam a ser procurados por Israel, e como tal foram mortos.
A seguir, o Hamas etc, manda atacar com Misseis Israel !!
(Exacto, faz ou colabora na morte dos 3 Israelitas, e ataca com rockets Israel. Por isso é considerado uma Organização Terrorista )
(além de não aceitar Israel, de quer Impor a Sharia na Cisjordania, e em Israel também)
(agradeço que publicquem a tempo)
Ignorância e má fé
Caro Ruben Amaral,
Em primeiro lugar, Mustafa Barghouti não é apoiante do Hamas, é dirigente da Iniciativa Nacional Palestiniana, organização da Esquerda laica, e o artigo do Esquerda.net apenas reproduz o que foi publicado no diário britânico The Guardian. Portanto, pelo seu critério, o Guardian deve ser apiante do Hamas. Enfim, cada um vive os seus delírios como quer.
Mas há uma coisa que o Ruben tem razão e deve se sentir muito incomodado. É que o Esquerda.net não põe no mesmo pé o estado de Israel, uma superpotência com armas nucleares e a fina flor do armamento convencional, que ocupa ilegalmente os territórios palestinianos; e os palestinianos no seu conjunto, sejam do Hamas, da Fatah ou da esquerda laica.
E isso é apenas uma questão de bom senso. Os "mísseis", conforme pomposamente chama aos rockets enviados desde Gaza, não atingiram ninguém. Já os bombaredeios de Israel matam centenas, milhares. Não ver isto é pior que cegueira, é má fé. Nem sequer é uma questão de esquerda. É de humanidade.
Salvar as crianças
Enquanto discutimos confortavelmente em nossas casas se esta ou aquela liderança política que se manifesta apóia ou não o Hamas, crianças são assassinadas pelos sionistas, por um estado que é sanguinário e a ponta de lança da política de repressão estadunidense. E daí se apóia ou não? O fato de apoiar lhes retira o direito à vida? À dignidade? À esperança?
Lamentável a frieza de comentarista de TV. E se uma das três crianças mortas para cada dez "danos colaterais" de guerra fosse seu filho? Você também iria querer que o mundo se preocupasse se este ou aquele político apóia o Hamas? O que o Hamas tem de diferente do ETA? OU do IRA? Desde quando a existência destes grupos no ocidente nos fez fechar os olhos para as atrocidades cometidas contra civis? Lamentável.
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