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Médicos em greve a 8 e 9 de julho

Para além da greve, os médicos realizam uma concentração na terça-feira, 8 de julho, às 15.30 h, em frente ao ministério da Saúde. Os protestos dos médicos contam também com o apoio da USF-AN (Unidades de Saúde Familiar – Associação Nacional).
A greve foi convocada em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e contra a sua destruição, em combate ao “código de ética” que o governo pretende impor e a que os clínicos chamam “lei da rolha” e contra o incumprimento por parte do governo do acordo celebrado em outubro de 2012.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM - fnam.pt ) refere na convocatória da paralisação que “a gravidade da situação atual impõe a adoção de medidas enérgicas e a conjugação de esforços com os cidadãos na defesa de uma das maiores conquistas sociais e humanistas do nosso regime democrático” e declara: “Não seremos cúmplices na destruição do SNS”.
A Ordem dos Médicos (OM), por sua vez, anunciou na passada terça-feira, 1 de julho, o apoio à greve e apelou aos utentes do SNS a que participem na concentração dos médicos e não vão aos centros de saúde e hospitais para exames clínicos ou consultas, nos dias da greve.
Em comunicado (disponível no site da ordem), a OM refere que “o Ministério já não pode continuar a esconder a dramática verdade do SNS”, sublinhando que “os doentes sentem-no diariamente, quando vão às urgências e aguardam horas, quando esperam pelas cirurgias e consultas, quando a limpeza falha, quando faltam medicamentos e material clínico nos hospitais, quando os aparelhos não são reparados, quando os médicos não podem pedir os exames de diagnóstico que acham necessários, quando não têm acesso aos novos medicamentos que os podiam curar, quando não têm dinheiro para pagar os transportes, etc., etc., etc.”
A OM aponta, nomeadamente, que “estão em causa a Qualidade do SNS e os direitos dos Doentes” e que o ministro Paulo Macedo “continua a degradar o SNS e a não dar um Médico de Família a todos os portugueses”, “dificulta o acesso dos doentes a medicação inovadora”, “não contrata os profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e técnicos) essenciais ao bom funcionamento do SNS”.
A ordem aponta ainda que o governo “continua a querer filtrar a informação através de um Código de Ética enviesado”, “não cuida da manutenção de edifícios e equipamentos” e quer “colocar os Médicos de Família, que já não têm tempo suficiente para os seus utentes, a exercer Medicina do Trabalho".
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