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"Governo fica no camarote da sra. Merkel a aplaudir os golos na própria baliza"

A coordenadora nacional do Bloco, Catarina Martins, acusou o Governo, durante o debate parlamentar sobre o estado da Nação, de “reconfigurar o país pela destruição dos direitos sociais e dos direitos laborais”. O líder parlamentar, Pedro Filipe Soares, frisou, por sua vez, que o silêncio do Governo sobre o BES, é "mais um exemplo do estado de negação deste Governo" e de como o executivo "passou ao lado do essencial ao país".

“Depois de três anos de memorando da troika e a um ano do final da legislatura, o que é que o Governo tem para oferecer ao país? Qual é a resposta que dá?", questionou Catarina Martins, acusando o executivo PSD/CDS-PP de ter cortado nos apoios "a quem mais precisa" e de ter aplicado a "austeridade em nome da dívida e dos mercados".

"Quando acabar este debate, a dívida pública estará quatro milhões de euros mais alta do que quando iniciou há minutos atrás”

"Quando acabar este debate, a dívida pública estará quatro milhões de euros mais alta do que quando iniciou há minutos atrás”, referiu a dirigente bloquista, segundo a qual o Governo de Passos Coelho deveria estar a bater-se pela reestruturação da dívida e não sentado no "camarote de Angela Merkel a assistir aos golos marcados na própria baliza".

“Como dizia Pires de Lima antes de ser ministro, 'as pessoas não comem mercados ao pequeno almoço' e, portanto, vamos falar da vida concreta das pessoas”, avançou ainda a coordenadora nacional do Bloco de Esquerda.

"O Governo promove a reconfiguração do país pela destruição dos direitos sociais e dos direitos laborais"

“O Governo promove a reconfiguração do país pela destruição dos direitos sociais e dos direitos laborais, e é disso que temos de falar aqui hoje”, frisou.

Segundo Catarina Martins, “é pela exclusão, pela fragilização, que o Governo tem optado no Complemento Solidário para Idosos, como em outras prestações sociais”. “Há já 412 mil pessoas no desemprego em Portugal sem qualquer tipo de subsídio”, lembrou a deputada.

“A política deste Governo tem sido a política do abandono e a economia da desistência, e a marca são as alterações laborais”, vincou a dirigente do Bloco, acusando a direita de promover uma “luta contra a dignidade do trabalho” e de transformar o IEFP na “maior máquina de compressão salarial e de precarização no nosso país”.

“As pessoas reais não entram nas contas deste Governo”

"O Governo transformou o Estado na Nação no Estado de Negação, tentando transportar a realidade para a sua propaganda”

"O Governo transformou o estado da Nação no estado de Negação, tentando transportar a realidade para a sua propaganda”, avançou, por sua vez, o líder da bancada parlamentar do Bloco, vincando que “as pessoas reais não entram nas contas do executivo”.

“Temos um país mais pobre mas o primeiro ministro não fez nenhuma referência à pobreza na sua intervenção. O país está cada vez mais desigual mas as grandes fortunas aumentaram nestes últimos trẽs anos”, referiu Pedro Filipe Soares, assinalando que “a palavra que o Governo mais repetiu foi 'passado' e, de facto, 'passado' é o projeto que o executivo traz para o país”.

O dirigente bloquista assinalou ainda o silêncio de Pedro Passos Coelho sobre o BES.

"Em nenhum momento o Governo falou sobre aquilo que aflige as pessoas: há ou não há um novo BPN a configurar-se no nosso sistema financeiro, agora maior, com um buraco possivelmente três vezes maior, e que dá pelo nome de BES? Há ou não há essa bomba relógio?", questionou, lamentando que o executivo tenha "dito zero" sobre o tema no debate do estado da Nação.

Tal silêncio, sublinhou Pedro Filipe Soares, é "mais um exemplo do estado de negação deste Governo" e de como o executivo "passou ao lado do essencial ao país" no debate parlamentar.

A deputada Mariana Mortágua acusou o Governo de “incentivar e financiar a precariedade nos privados” e de “criar uma vaga de exilados económicos em Portugal”.

“A realidade dos jovens que procuram emprego são estágios, que reduzem a taxa de desemprego mas não aumentam o emprego e a realidade dos estagiários, bolseiros, precários, que nunca passam dos 500 euros por mês, é a emigração, que também reduz a taxa de desemprego mas não aumenta o emprego”, avançou a deputada.

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