Guillermo Almeyra

Guillermo Almeyra

Historiador, investigador e jornalista. Doutor em Ciências Políticas (Universidade de París VIII), professor-investigador da Universidade Autónoma Metropolitana, unidade Xochimilco, do México, professor de Política Contemporânea da Faculdade de Ciências Políticas e Sociais da Universidade Nacional Autónoma do México. Jornalista do La Jornada do México.

O governo brasileiro está encostado às cordas, o uruguaio enfrenta uma exitosa greve geral, na Venezuela há saques, na Bolívia explosões com dinamite e protestos indígenas. Que se passa com os governos progressistas?

Os Estados Unidos ainda são a primeira potência militar e financeira mundial, mas perdem velocidade e o falhanço na sua política colonialista alimenta essa decadência da sua hegemonia.

É ridículo que a Venezuela (ou qualquer outro país latino-americano) possa constituir uma ameaça à segurança da primeira potência mundial e justifique uma emergência nacional dos Estados Unidos.

As manifestações, marchas e protestos encurralaram e puseram na defensiva o presidente Peña Nieto, põem a nu a sua ilegitimidade e acentuam o seu descrédito internacional.

Uma frente única contra Peña Nieto e o governo oligárquico pró-imperialista poderá impor a expulsão do Presidente e um governo provisório que organize eleições gerais limpas para uma assembleia constituinte.

O Estado mexicano não é mais que um semiestado em descomposição acelerada. Uma mudança só é possível se se mobilizarem amplas massas por um programa comum imediato e uma alternativa democrática possível.

Neste domingo, na segunda volta das eleição presidencial brasileira e na primeira uruguaia, joga-se muito mais do que o futuro equilíbrio político nos respetivos países.

Hong-Kong é uma das mais prósperas cidades chinesas, mas um quinto da sua população vive abaixo do limiar da pobreza. As contradições criam uma mistura explosiva de reivindicações democráticas, laborais e salariais.

A união entre a visão milenarista de setores populares, um legítimo afã de lutar pela libertação nacional e as liberdades e direitos culturais pisados durante séculos e o protesto contra a crise causada pelo capitalismo provocaram esta onda internacional de independentismo.

O povo de Gaza, com toda a justiça, considera que a derrota do seu inimigo é uma vitória estratégica sua ,conseguida pela sua enorme capacidade de resistência e a sua heroica tenacidade.