Miguel Guedes

Miguel Guedes

Músico e jurista. Escreve com a grafia anterior ao acordo ortográfico de 1990.

Passos Coelho ainda não tirou o "pin" da lapela apesar de ter abandonado o discurso da ilegitimidade governativa da Esquerda.

Há algo que este Orçamento do Estado faz e faz bem: deixou de fazer mal às pessoas por antecipação.

Quem tiver esperança de que a solução da TAP passe pela reconfiguração de 50% da participação social do Estado na companhia pode começar a dizer adeus como se se despedisse, desde já, de um ente querido antes do check-in.

É imperioso caminhar para a despenalização e regulamentação da morte assistida.

Tráfego e tráfico confundem-se. O tráfico passou sónico e a voar na maior autoridade da aviação. Ficou claro como, neste tráfego, se pagam salários milionários e com retroactivos só para ver aviões.

O presidente que deixa Belém com um índice de impopularidade histórico quis mesmo escrever o seu post scriptum pessoal antes de fechar o livro. Cavaco sai por uma porta pequenina sem se querer esconder.

Dos 30 deputados que quiseram alterar o que o Parlamento havia já decidido, sob a capa da cobardia e da absoluta consciência da imoralidade, constam nove deputados do PSD e 21 do PS, o "bloqueio central" no seu pior.

Até no fim. David Bowie partiu e morreu como uma obra de arte.

Dois presidentes no último ano. Obama fez história, mas só a guerra deixa marcas no último ano, raramente a paz. Cavaco, à portuguesa, travou a sua guerra interna. Perdeu e perdeu um ano nisto.

O líder partidário há mais tempo no activo anunciou um novo concurso de caça-talentos quinzenal para metade dos deputados da sua bancada parlamentar.