Miguel Guedes

Miguel Guedes

Músico e jurista. Escreve com a grafia anterior ao acordo ortográfico de 1990.

Tinha os inimigos identificados ao escrever a frase-panfleto na guitarra. "Esta máquina mata fascistas", o seu instrumento passava a balear a seis cordas em 1941.

Olhar para quem olha e comenta o hipotético crime de Ronaldo é exercício cruel e assustador para quem preza um fio de coerência.

Na campanha para as eleições autárquicas de 2017, Santana Lopes assegurava, a alto e bom som, o quanto estava na moda bater no PSD. Menos de um ano depois, prefere fragmentá-lo em pedaços...

Centeno preferiu rescindir com a visão crítica ao intervencionismo da troika em Portugal, incarnou Pedro Passos Coelho e sublimou-o.

A memória de Pedrógão não nos autoriza ao descaramento de olhar para Monchique lendo sucessos ou insucessos pelos números do desastre, à comparação.

Há muitos anos que espero ver a CP a apanhar o comboio. Nesse dia que há-de trilhar caminho, picaremos bilhete num país com uma política de transportes que invista na ferrovia como força nuclear da inclusão geográfica das suas gentes, assumindo redes de circulação integradas.

A forma como se olha uma última vez para o lugar que estamos a deixar, não definirá o estado emocional que temos presente pela saída mas determina, certamente, a forma como o vamos carregar no futuro.

No momento em que alguns comemoram o mal menor na Alemanha que permite sustentar Ângela Merkel no poder, Portugal conta a quem passa a ladainha mentirosa de que não é um país racista.

Trump passa todos os limites e chantageia com a saída dos EUA do Conselho de Direitos Humanos da ONU. Sim, ele pode. Porque nós deixamos.

A realização da cimeira em Singapura foi a verdadeira cedência de Donald Trump a Kim Jong-un.