No seu discurso, o dirigente Grego expôs as escolhas que se colocam perante os eleitores nas próximas europeias: “austeridade ou democracia; austeridade ou coesão social; Europa dos povos ou dos bancos; Europa da esquerda ou a da Merkel”.
Numa breve intervenção em inglês para os meios de comunicação galega, Alexis Tsipras mostrou-se confiante que a candidatura da Esquerda Europeia seria a “grande surpresa positiva” destas eleições com o crescimento da esquerda radical. “Foram 4 anos consecutivos de austeridade, de recessão, de destruição da coesão social e de aumento do desemprego: é por isto que é preciso parar estas políticas e reconstruir a Europa social” assegurou Alexis Tsipras e defendeu que a Europa “não é só os bancos e o capital” senão a sua gente, as pessoas e as suas necessidades.
“Nestas eleições temos a oportunidade de votar na Esquerda Europeia para dizer que já basta de políticas que destroem os nossos sonhos. É tempo de recuperar a democracia e o nosso futuro”.
“Com Rajoy o país regrediu 35 anos”
Já no interior do Palácio dos Congressos, Tsipras interveio em grego e reiterou as mesmas mensagens perante um auditório cheio e que ovacionava-o cada vez que o tradutor transmitias as palavras sobre a necessidade de uma grande mudança na Europa para acabar com as políticas de austeridade. “Não podemos aceitar esta Europa da pobreza, da miséria e do desemprego. Por isso, companheiros e amigos, a prioridade da Esquerda Europeia é reconquistar o direito ao trabalho, devolver a esperança ao jovens, dar-lhes uma oportunidade nesta Europa que nós queremos”.
Não perdendo o fôlego, Tsipras carregou contra as políticas da direita de Mariano Rajoy no Estado Espanhol que “está a regredir o país 35 anos com os ataques reacionários aos direitos das mulheres. Isto é perigoso para toda a Europa porque se passa aqui, pode passar qualquer lado”.
Tsipras afirmou que o SYRIZA será a primeira força política na Grécia e considera que a vitória do SYRIZA “terá consequências positivas, será um novo vento para toda a Europa”.
“Em vez de uma Europa do medo do desemprego, queremos uma Europa para as necessidades humanas, da sociedade, da esperança e da solidariedade. Em vez de uma Europa dos banqueiros e do capital, façamos a Europa dos povos. Não acreditamos nesta Europa dos bancos, da Merkel, não é a nossa Europa”, proclamou entre os aplausos de quem compunha a sala cheia.
O candidato da Esquerda Europeia assegurou que no próximo 25 de maio os cidadãos não vão simplesmente votar num partido ou noutro, mas vão votar na sua própria vida porque a Europa está em uma “encruzilhada histórica: seguir o caminho da pobreza e da austeridade ou votar pela mudança para o progresso, a justiça e o bem-estar social.”
Também criticou a dívida ilegítima criada pelas políticas da União Europeia em que os trabalhadores que a não criaram não a vão pagar.
Neste ato também participaram a candidata da AGE Lidia Senra e também os porta-vozes do AGE Xosé Manuel Beiras e Yolanda Díaz, o candidato da Izquierda Unida Willy Meyer e o dirigente do Bloco de Esquerda José Soeiro.
Notícia originalmente publicada no sítio www.alexistsipras.eu e no El Diário