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Semedo acusa: "Pós-troika vai atacar o Estado Social como se fosse uma gordura"

O coordenador do Bloco de Esquerda concentrou as suas perguntas e o debate com o primeiro-ministro numa recente portaria, publicada por um secretário de Estado da Saúde, que “transforma o SNS, mais concretamente a rede hospitalar, numa miniatura, numa caricatura do que é atualmente a rede hospitalar”. João Semedo perguntou ao primeiro-ministro se tinha conhecimento da portaria e se considera que a rede hospitalar pode ser mudada por portaria em vez de decreto.
Passos Coelho desvalorizou a importância da referida portaria, dizendo que se tratava de 'linhas gerais'.
João Semedo desmentiu o primeiro-ministro, sobre a importância dessa portaria, salientando que no referido documento se reduz a cirurgia para crianças apenas a Lisboa, Porto e Coimbra; se limita maternidades, serviços de obstetrícia e partos apenas a alguns hospitais e que “dois dos melhores serviços, que eu arrisco a dizer em Portugal e na Europa” são banidos.
Na parte final da sua intervenção, Semedo afirmou ainda que “na hora da despedida a troika não vai ter mais encanto”, mas “mais imposições, exigências e cortes”.
O coordenador do Bloco lembrou que o primeiro-ministro antes de eleito falou em cortar as gorduras do Estado e que, afinal, “as gorduras foram os salários, pensões e subsídios dos trabalhadores da função pública” e afirmou que o governo prepara uma “segunda geração de gorduras”: o Estado Social, o SNS e os hospitais.
A concluir, João Semedo afirmou que a intenção de “transformar o SNS o Estado Social numa caricatura e numa miniatura” “não terá só a oposição do Bloco de Esquerda, terá a oposição da esmagadora maioria dos portugueses”.
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