You are here

Bloco critica: “Concessão de transportes públicos a privados é pagar duas vezes”

"O que é preciso é abrir os olhos às privatizações que o Governo está a fazer dos serviços públicos", alertou Catarina Martins na ação do Bloco contra a concessão de transportes a privados e em que participou também Marisa Matias.
Foto de Paulete Matos

O Bloco realizou esta ação nesta terça-feira, 22 de abril, no Metro de Lisboa e na iniciativa participaram Marisa Matias, eurodeputada e candidata do Bloco ao Parlamento Europeu, e Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda. No folheto distribuído é criticada a intenção do Governo de conceder transportes públicos a privados e são apresentadas as propostas do partido em relação aos transportes públicos. (aceder a folheto)

Em declarações à Lusa, a coordenadora do Bloco de Esquerda criticou também a chamada “campanha contra a fraude” nos transportes públicos como "uma campanha feia e uma campanha que apela à denúncia", sublinhando que é a concessão dos transportes públicos a privados que está a provocar esta "corrida para o aumento dos preços e degradação de serviços".

O lema escolhido pelo Bloco foi "Abra os olhos, está a ser roubado" e nos folhetos é criticada a intenção do Governo de gerar "lucros para os privados e prejuízos para todos" ao concessionar os transportes a privados.

"Os transportes públicos em Portugal perderam 45 milhões de passageiros nos últimos anos porque aumentaram em muito os passes sociais e as tarifas, porque diminuíram as carreiras, diminuíram o serviço que é prestado", disse Catarina Martins, lembrando também que Portugal é o único país da Europa onde uma criança de 4 anos paga tanto como um adulto para andar de transportes públicos.

A coordenadora do Bloco salientou também que "tudo está a ser feito não para melhorar os transportes públicos, mas para garantir que os transportes públicos em vez de serem um serviço à comunidade passem a ser um negócio lucrativo a ser privatizado".

O Bloco apresenta seis propostas para os transportes públicos em Lisboa, nomeadamente:

- Que Carris e Metro continuem a ser públicas, não sejam concessionadas a privados e sejam geridas pela Câmara de Lisboa.

- Reintrodução o desconto de 50% nos passes para estudantes "4-18 e para sub-23" e para os idosos com mais de 65 anos.

- Redução dos preços em 20%, repondo o tarifário de 2012.

Artigos relacionados: 

Termos relacionados Europeias 2014, Política
(...)