You are here
Eurodeputadas do Bloco exigem que Comissão Europeia explique "trabalho escravo"
As eurodeputadas do Bloco de Esquerda, Marias Matias e Alda Sousa, dirigiram a à Comissão Europeia uma pergunta escrita sobre a situação dos portugueses e de outros cidadãos europeus, que estão a ser recrutados para "trabalho escravo".
Além das situações que têm sido denunciadas pelos órgãos de comunicação social, as deputadas receberam a denúncia de um cidadão português que foi ludibriado para trabalhar no sul da Bélgica numa situação que não cumpre as mais elementares regras de higiene e segurança no trabalho, e consequentemente põe em causa a integridade física do trabalhador e, além disso, é de tal modo violenta que leva forçosamente os trabalhadores a despedirem-se sem nunca receberem qualquer tipo de remuneração.
Esta situação não abrange somente emigrantes portugueses. Também de Portugal chegaram denúncias de cidadãos romenos que foram recrutados no seu país para trabalharem em Portugal na apanha da azeitona com um salário de 800€, e em vez disso são explorados, abusados fisicamente, passam fome e regressam ao país de origem sem receber dinheiro algum.
Marisa Matias e Alda Sousa perguntaram à Comissão Europeia "se está a par desta realidade, e de que modo está a agir para combater este tipo de situações". Pedem também que "que se pronuncie em particular sobre o estatuto dos trabalhadores quando em mobilidade no espaço comunitário" tendo em conta esta realidade.
As deputadas do Bloco de Esquerda deixaram ainda um alerta: "Parece-nos evidente que o que quer que esteja a ser feito não está a produzir resultados e inúmeros cidadãos pagam todos os dias na pele por essa má política."
Artigo de Cláudia Oliveira, publicado no portal do Bloco de Esquerda no Parlamento Europeu
Add new comment