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Divergências entre CDS e PSD “são inexistentes”, diz Semedo
Em visita à feira de Penafiel, João Semedo comentou a “reforma hospitalar” com que o ministro Paulo Macedo ameaça fechar a maternidade local, uma das maiores do país. “Não se trata de reforma, se fosse uma reforma era para melhorar o SNS. Isto é para diminuir o SNS e transformá-lo numa miniatura e nós não aceitamos isso”, declarou o coordenador do Bloco.
Semedo fez alusão aos 40 anos do 25 Abril para lembrar que “o país conseguiu construir um ótimo Serviço Nacional de Saúde” e que ninguém pode aceitar que “haja agora um Governo que pretenda que quando uma criança tenha de ser operada, tenha de ir para Lisboa ou Coimbra”.
“Não aceitamos que a obstetrícia em maternidades só possa existir em 13 cidades. Isso é um retrocesso de muitos anos e nós iremos combater de todas as formas que se possa reduzir o SNS a esta caricatura", prometeu Semedo em declarações à imprensa.
“Vêm aí mais cortes e o CDS vai assinar por baixo”
Questionado pelos jornalistas sobre as supostas divergências no Governo sobre a criação de uma taxa alimentar sobre produtos alimentares com alto teor de sal ou açúcar, também conhecida como o “imposto da batata frita”, Semedo desvalorizou essas notícias, dizendo tratarem-se de “manobras de diversão” para desviar a atenção do anúncio dos novos cortes e preferiu sublinhar o que tem sido sempre o comportamento do menor partido da coligação de direita.
“Não é a primeira vez que vemos ou ouvimos ministros a desmentirem-se uns aos outros. Isso acontece porque, com excessiva frequência, os ministros mentem, não dizem a verdade sobre o que pensam fazer. Mas é, também, uma manobra de diversão para distrair e iludir daquilo que é essencial os portugueses saberem: os cortes nos salários e nas pensões vieram para ficar”, declarou o coordenador bloquista, citado pela Lusa.
“Não nos esquecemos das linhas vermelhas de Paulo Portas, e esta é mais uma linha vermelha do CDS que o PSD se encarregará de destruir também”, antevê o coordenador bloquista.
“O que era transitório passa a ser definitivo: o corte de salários e pensões em 2014, 2015 e provavelmente nos anos que se seguem. E o mesmo nos impostos”, realçou Semedo, concluindo que “as divergências do CDS em relação à política do Governo são inexistentes, servem para alimentar o discurso político mas na hora da verdade o CDS ordeiramente vota ao lado dos ministros do PSD e assim será desta vez”.
Sobre os cortes de mais 1400 milhões de euros, que a ministra das Finanças anunciou esta semana, Semedo coonsidera que eles vão traduzir-se em “mais despedimentos, mais cortes nos salários e seguramente mais cortes no funcionamento dos serviços públicos, no Serviço Nacional de Saúde e na escola pública”.
“Não nos esquecemos das linhas vermelhas de Paulo Portas, e esta é mais uma linha vermelha do CDS que o PSD se encarregará de destruir também”, antevê o coordenador bloquista.
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