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Snowden afirma que os EUA espiaram organizações de direitos humanos

Ex-analista da CIA revela ao Conselho da Europa que a NSA manteve sob vigilância organizações como a Amnistia Internacional ou a Human Rights Watch, e fornece provas de que as ações da agência americana violam as leis de defesa de privacidade da União Europeia.
Edward Snowden apresentou ao Conselho da Europa provas de que a NSA viola as leis de defesa da privacidade da Europa. Foto de
Edward Snowden apresentou ao Conselho da Europa provas de que a NSA viola as leis de defesa da privacidade da Europa. Foto de Andy Worthington

Falando através de um link de vídeo, a partir de Moscovo, onde vive, Edward Snowden garantiu ao Conselho da Europa, reunido em Estrasburgo, que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos manteve sob vigilância organizações de direitos humanos como a Amnistia Internacional ou a Human Rights Watch. Dirigentes ou funcionários de uma grande lista de organizações foram alvo da espionagem da agência. O ex-analista, porém, não revelou quais foram as organizações vigiadas.

NSA viola as leis de defesa da privacidade

No seu testemunho, Snowden ofereceu provas de que a NSA viola as leis de defesa da privacidade em vigor na União Europeia, explicando como programas como o Xkeyscore usam técnicas muito sofisticadas de “data mining” para passar em revista triliões de comunicações privadas.

Para Snowden, “esta tecnologia representa a mais significativa ameaça às liberdades civis dos tempos modernos”, porque a NSA pode vigiar cidadãos sem que eles estivessem acusados fosse do que fosse, e sem mandado judicial.

Para o especialista informático, a NSA, os seus aliados, governos autoritários e até mesmo organizações privadas podiam abusar desta tecnologia. Na sua opinião, a vigilância massiva é um problema global que levou a “sociedades menos liberais e menos seguras”.

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