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“Opção pela incineração nos Açores não teve em conta saúde pública”

A opção pela construção de centrais incineradoras nos Açores foi feita tendo em conta apenas o lucro que vai gerar, eventualmente para alguns privados”, afirmou Marisa Matias num debate público sobre incineração realizado na noite deste sábado em Ponta Delgada.
“Se, no âmbito da gestão de resíduos, a incineração - em comparação com a opção pelo tratamento mecânico e biológico - gera menos emprego, tem impactos negativos na saúde pública, e leva a que não sejam cumpridas as metas de reciclagem, só podemos concluir que a opção pela construção de centrais incineradoras nos Açores foi feita tendo em conta apenas o lucro que vai gerar, eventualmente para alguns privados”, disse Marisa Matias.
“Não podemos pôr o modelo de negócio à frente da saúde pública e do ambiente, que são bens comuns”, disse Marisa Matias, acrescentando que “a incineração pode ser um bom negócio para alguns, mas é um péssimo negócio para as populações e para as gerações futuras”.
Marisa Matias salientou que “a incineração não é sustentável, não é inclusiva, porque cria menos emprego, e não é inteligente”, basta referir que, desde 2001, a ONU recomenda que o recurso à incineração seja progressivamente eliminado.
“Como é que é possível que, quando há mais de dez anos se anda a eliminar a incineração em todo o lado, os Açores estejam a começar um processo para a construção de duas incineradoras?”, questionou ainda a eurodeputada do Bloco de Esquerda.
Artigo publicado em acores.bloco.org
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