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Contribuintes vão pagar mais de 23 milhões de euros por calote patronal
Segundo o Correio da Manhã de hoje, a Direção do Tesouro e Finanças (DGTF) vai assumir só em 2014 5,1 milhões de euros de dívidas bancárias do parque empresarial, valor inscrito no Orçamento de Estado para 2014.
O total da dívida privada transferida para o erário público desde 2012 já ascende a 23,5 milhões de euros, segundo o parecer do Tribunal de Contas sobre a Conta geral do Estado de 2012.
A Associação Empresarial de Portugal (AEP) deixou de cobrir os encargos do Europarque em 2012, altura em que passaram a ser assumidos pelo Estado por decisão do Governo de Passos Coelho.
Este flop empresarial milionário foi inaugurado em 1995, pelo então primeiro-ministro Cavaco Silva, o negócio foi avalizado com a garantia de dinheiros públicos pelo ministro das Finanças desse Governo, Eduardo Catroga. Apresentado na altura como o maior centro de congressos, e como o exemplo de dinamismo da maior associação empresarial do país (AEP), a fatura para os contribuintes não tem parado de aumentar.
Não deixa de ser caricato que ainda hoje o Europarque seja descrito, no seu próprio site, como um “ um projeto de desenvolvimento económico e cultural de características únicas em Portugal, fruto da vasta experiência e reconhecido empenho da AEP - Associação Empresarial de Portugal, que tem vindo a colocar todo o seu saber-fazer ao serviço dos agentes económicos”.
Apesar do Estado ter nacionalizado os prejuízos e de José António Barros, presidente desta associação patronal, afirmar que “não tem condições para continuar a responder pelas despesas que acarretam o funcionamento, a segurança e a preservação do Europarque”, o complexo continua a ser gerido pela AEP.
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