You are here

Caos instalado no Centro Hospitalar do Algarve exige a demissão da administração, defende Bloco

180 médicos redigiram uma carta aberta onde criticam o Conselho de Administração pela “degradaçãodos cuidados de saúde da população algarvia”, denunciando que “frequentemente são adiadas cirurgias programadas, por falta de material cirúrgico”. O Bloco entende que “a dimensão” do protesto” exige a demissão da administração.
O Bloco entende que “a dimensão” deste protesto, associada “à degradação que se vem verificando na situação das unidades de saúde algarvias”, justificam que o governo “reconheça o falhanço da equipa que nomeou para a administração do Centro Hospitalar do Algarve e, consequentemente, que a demita de imediato”.

Segundo uma pergunta de João Semedo e Cecília Honório, endereçada ao ministério da Saúde, a carta aberta foi subscrita por 180 dos 220 médicos do centro hospitalar. A carta altera “para a degradação dos cuidados de saúde prestados na região do Algarve” e denuncia “as práticas autoritárias” do presidente Pedro Nunes.

Os médicos estão preocupados com a “degradação dos cuidados de saúde da população algarvia”, sublinhando que “frequentemente são adiadas cirurgias programadas, por falta de material cirúrgico” e que se verifica um acréscimo de “faltas às consultas médicas”.

Os “atrasos inaceitáveis" na realização de exames complementares, nomeadamente de imagiologia, a “inexplicável” realização de tomografia axial computorizada – tomografia por emissão de positrões – em Sevilha e a falta de medicamentos e de material de uso corrente, são outras questões abordadas pelos profissionais do CHA, que abrange as unidades de Faro, Portimão e Lagos.

Os médicos afirmam que existe uma “subalternização de todos os serviços hospitalares ao serviço de Urgência”, o que classificam de “redutor e perigoso, uma vez que não tem em consideração toda uma atividade clínica de qualidade, assegurada aos doentes do Algarve”.

“Paradoxalmente, não se verifica qualquer melhoria da qualidade desse mesmo serviço de Urgência, nomeadamente na unidade de Portimão, que passa frequentemente por situações ridículas, ao melhor estilo dos países em vias de desenvolvimento”, lê-se no requerimento bloquista.

Os médicos subscritores denunciam ainda terem sido “confrontados com ameaças e chantagens” pelo presidente do conselho de administração, que acusam de ter uma relação “pouco dialogante e autocrática” com os respetivos, a qual, “em última análise, muito prejudica os doentes”, uma vez que, “antes da tomada de decisões com repercussão clínica, não são ouvidas nem tidas em consideração as opiniões técnicas dos médicos especialistas”.

O Bloco entende que “a dimensão” deste protesto, associada “à degradação que se vem verificando na situação das unidades de saúde algarvias”, justificam que o governo “reconheça o falhanço da equipa que nomeou para a administração do Centro Hospitalar do Algarve e, consequentemente, que a demita de imediato”.

Termos relacionados Política
Comentários (1)