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Número de emigrantes suplanta número de pessoas que encontraram emprego
"Veremos os dados finais no global do ano, mas poderia apostar que teremos em 2013 mais pessoas que emigraram do que aquelas que encontraram emprego", avançou Pedro Filipe Soares, reagindo às estatísticas do Eurostat conhecidas esta quarta feira, que apontam para uma redução homóloga da taxa de desemprego em novembro de 1,5%.
"Esta realidade demonstra que a economia não respondeu à vida das pessoas, apenas empobreceu o país porque retirou-lhe pessoas capazes de dar o seu contributo e enviou-as para fora do país porque não lhes deu solução", frisou o deputado bloquista, lembrando ainda que Portugal continua a ter a quinta taxa de desemprego mais elevada da União Europeia, apenas atrás da Grécia (27,4%), da Espanha (26,7%), da Croácia (18,6%) e de Chipre (17,3%).
"Creio que essa parte dos sinais positivos já teve várias versões, desde os ténues ao milagre económico. Infelizmente, no dia a dia, as pessoas não sentem que haja uma mudança de fundo na economia", acrescentou Pedro Filipe Soares.
No que respeita à taxa de desemprego jovem, Portugal registou em novembro o quinto valor mais elevado (36,8%), sendo apenas precedido da Espanha, da Grécia, da Croácia e da Itália.
Na sua mensagem de Natal, Passos Coelho (ler artigo As mentiras de Pedro Passos Coelho na sua mensagem de Natal) congratulou o facto de o governo ter atacado “com firmeza as causas e os efeitos da crise”, enaltecendo o trabalho do executivo do PSD/CDS-PP no combate ao desemprego, nomeadamente entre os jovens.
Segundo o primeiro ministro, o seu governo teria criado 120 mil novos postos de trabalho em 2013.
Pedro Passos Coelho pareceu ter ignorado alguns factos importantes: em dezembro, o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) apontou para um aumento de 2,2% do desemprego jovem no mês anterior; segundo o INE, foram criados apenas 21,8 mil empregos líquidos entre janeiro e Setembro de 2013; os empregos criados são, na sua maioria, precários, em part-time e pagos abaixo dos 310€ mensais; entre janeiro e setembro, Portugal assistiu à fuga de mais 63 mil pessoas antes registadas como população ativa.
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