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CGTP: Alargamento da CES é uma “medida injusta, imoral” e deverá ser inconstitucional

Secretário geral da intersindical refere que a decisão do governo de alargar a Contribuição Extraordinária de Solidariedade e de aumentar as contribuições para a ADSE encarna "uma nova ofensiva contra os trabalhadores e os reformados" . UGT denuncia "fixação enorme” do governo “nos trabalhadores reformados e pensionistas da administração pública em concreto".
Foto de Paulete Matos.

"Estamos perante uma medida injusta, imoral e, na nossa opinião, inconstitucional", afirmou Arménio Carlos em declarações à Lusa, reagindo ao anúncio do governo no sentido de alargar a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) e aumentar as contribuições para a ADSE.

Segundo o secretário-geral da CGTP, a decisão do governo encarna "uma nova ofensiva contra os trabalhadores e os reformados", sendo que o alargamento da CES constitui "a imposição de um novo imposto que, a concretizar-se, se iria traduzir numa redução ainda mais significativa do poder de compra com todas as consequências para as famílias e, particularmente para a procura interna".

Para Arménio Carlos, a contenção as restrições orçamentais não devem passar por cortes na despesa social.

Os cortes "têm de ser feitos na despesa supérflua, naquilo que são as gorduras do Estado", frisou, dando como exemplos "as parcerias público-privadas (PPP), os 'swap' e os juros da dívida, que levam todos os anos mais de 8 mil milhões de euros".

A CGTP irá "mobilizar os trabalhadores para contestar e derrotar" estas medidas, garantiu o dirigente sindical.

UGT critica "fixação do governo nos reformados e pensionistas"

O dirigente da UGT José Abraão criticou a medida anunciada pelo executivo do PSD/CDS-PP, sublinhando que a mesma revela uma "fixação enorme nos trabalhadores reformados e pensionistas da administração pública em concreto", apontando para uma nova "redução do salário por intermédio da ADSE", o que é "completamente inaceitável".

"De cada vez que o Tribunal Constitucional chumba uma medida do governo, as medidas que vêm a seguir são significativamente piores para os trabalhadores reformados e pensionistas da administração pública", frisou.

"Acho que é incompreensível e vamos procurar contestar estas medidas", prometeu José Abraão, lembrando que os reformados e pensionistas estão a empobrecer, parecendo "até que são os únicos responsáveis pela crise".

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