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“PR revela-se totalmente colado ao governo”

Luís Fazenda denuncia cumplicidade de Cavaco Silva com a política de austeridade e a submissão à troika e afirma que o Bloco tudo fará para levar o Orçamento de 2014 à fiscalização do Tribunal Constitucional.
Luís Fazenda: Cavaco revelou-se um apoiante entusiástico da austeridade. Foto de Paulete Matos

Ao reagir à mensagem do primeiro dia do ano do Presidente da República, o deputado Luís Fazenda denunciou a cumplicidade objetiva de Cavaco Silva com Passos Coelho e Paulo Portas, um alinhamento com o governo e um apoio ao Orçamento que, recorda, “traz cortes brutais de salários na Administração Pública a partir de 675 euros”.

Na mensagem lida ao país às 21 horas desta quarta-feira, Cavaco Silva não se referiu a eventuais dúvidas sobre a constitucionalidade do Orçamento do Estado para 2014, ao contrário do que fez o ano passado, optando desta vez por sublinhar que o Orçamento é um "instrumento da maior relevância" para atingir o "objetivo fulcral" de terminar o programa de assistência financeira e aceder aos mercados de financiamento.

Apesar de descartar o segundo resgate, Cavaco Silva, diferente do governo, referiu-se já a um “programa cautelar” como “uma realidade diferente”, praticamente dando como certa a sua existência, coisa que o governo ainda não fez. “Temos razões para contar com o apoio dos nossos parceiros europeus no acesso aos mercados financeiros", disse o presidente.

Luís Fazenda não deixou sem comentar essa preferência do Presidente pelo programa cautelar “como suporte de um novo memorando na continuidade da troika”, ao mesmo tempo que não tem uma palavra para se referir às manobras que o governo cogita para contornar a decisão do Tribunal Constitucional em relação ao corte das pensões.

Para Luís Fazenda, o caminho do governo e do presidente é o caminho para o abismo, que o Bloco tudo fará para barrar. A “contramensagem” que o Bloco de Esquerda dirige ao povo português é que acredite nas suas forças e confie na sua capacidade para combater este governo e procurar mais cedo que tarde provocar eleições antecipadas.

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