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Portugal está no grupo dos países com “alto risco” de agitação social em 2014

No próximo ano deverão registar-se ainda mais protestos em Portugal, avança um grupo de reflexão independente da revista Economist. Para esta situação contribuem a degradação das condições económicas da população, o aumento das desigualdades e os baixos níveis de apoio social, entre outros.
Foto de Paulete Matos.

De um total de 150 países analisados, Portugal encontra-se entre os 46 países em que o risco de existirem tumultos e protestos em 2014 é alto. Dezanove estados, entre os quais o Egito, Grécia e Síria, registam um “muito alto risco” de terem protestos complexos nas ruas.

Há cinco anos atrás, o Economist Intelligence Unit (EIU), um grupo de reflexão independente da revista Economist, atribuía a Portugal um “risco moderado” de instabilidade política e social, contudo, a situação portuguesa degradou-se.

Segundo Laza Kekic, do EIU, não só os problemas económicos contribuem para esta situação. “A redução nos rendimentos e a alta taxa de desemprego nem sempre resultam em agitação social. Só quando os problemas económicos são acompanhados por outros elementos de vulnerabilidade há um alto risco de instabilidade. Tais fatores incluem uma grande desigualdade nos rendimentos, um governo fraco, baixos níveis de apoio social, tensões étnicas e um historial de violência e desordem pública. Recentemente, a faísca para os tumultos tem sido a erosão da confiança nos governos e nas instituições: a crise da democracia”, afirma a revista Economist citando a representante do EIU.

 

Quadro publicado na revista Economist.

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