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Greve na recolha de lixo em Lisboa prolonga-se até dia 5 de janeiro

"De certeza que na Baixa, Belém e nos sítios mais turísticos a câmara vai tentar manter [a situação] o mais normal possível. Se mantêm a Baixa e as zonas turísticas limpas, nas zonas residenciais deve haver mais lixo por apanhar", afirmou Vítor Reis, do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), em declarações à agência Lusa.
O dirigente sindical frisou ainda que os números da adesão à paralisação contra a "externalização de serviços e de atribuições e contra a privatização de serviços públicos essenciais, pelo direito inalienável do vínculo laboral dos trabalhadores ao Município e contra o esvaziamento de atribuições de serviços da Câmara Municipal de Lisboa", “mantêm-se nos 85%", tendo atingido, na terça feira, os 90%.
Numa informação à população de Lisboa, publicada no site do STML, e datada de 12 de dezembro, é denunciado o “’filme’ de degradação e de falta de investimento [nos serviços públicos municipais] que está em curso”, e que reflete o “caminho que visa criar as condições para qualquer dia surgir o discurso da necessidade de privatizar”.
“Contudo, por agora, a CML parece ter encontrado a ‘galinha de ovos de ouro’. Aposta numa descentralização de competências imposta às Juntas de Freguesia; transferindo definitivamente áreas de intervenção e trabalhadores da Câmara”, lê-se no documento.
Apelando à solidariedade dos munícipes “na luta que se vai realizar em defesa dos serviços públicos municipais, assim como na exigência da qualidade da prestação desses mesmos serviços”, o STML explica que a paralisação é em defesa dos direitos dos trabalhadores e em defesa dos direitos dos cidadãos que usufruem da cidade de Lisboa.
Até ao dia 28 de dezembro a greve abrangerá os trabalhadores da limpeza urbana e recolha de lixo. Esta quinta feira, dia 26, a greve estendeu-se a todos os restantes trabalhadores da Câmara Municipal de Lisboa. Às 0h do dia 24 de dezembro e até às 24h do dia 5 de janeiro de 2014, teve início uma greve ao trabalho extraordinário que abrange todos os trabalhadores camarários.
Numa comunicação à população da cidade, a Câmara Municipal de Lisboa "recomenda a todos os moradores que separem e acondicionem devidamente os seus resíduos domésticos e evitem a sua deposição na rua”.
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