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Interromper Passos pode dar 8 anos de cadeia

Cidadão que interrompeu primeiro-ministro no Parlamento duas vezes é constituído arguido pelos crimes de coação contra órgãos constitucionais e perturbação do funcionamento de órgão constitucional. Penas vão de de um a oito anos, no primeiro caso e até três anos, no segundo.
Passos sentiu-se coagido? Foto de Paulete Matos

O cidadão que interrompeu o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho em dois debates quinzenais no parlamento foi interrogado durante cerca de meia hora no Posto Territorial da Guarda Nacional Republicana de Leiria, e constituído arguido pelos crimes de coação contra órgãos constitucionais e perturbação do funcionamento de órgão constitucional.

A informação é da agência Lusa, que falou com Ivo Margarido, residente em Leiria, a quem foi aplicado o termo de identidade e residência.

No debate quinzenal de 24 de maio último, Ivo Margarido interrompeu a intervenção do primeiro-ministro e acabou por ser retirado das galerias da Assembleia da República.

Fraude do sistema monetário

A 28 de junho, dia seguinte à greve geral, o mesmo cidadão regressou ao parlamento e questionou Pedro Passos Coelho sobre o que considera "a fraude do sistema monetário", acabando novamente por ser expulso das galerias.

Pela prática dos dois crimes, o cidadão incorre em penas de um a oito anos de prisão, no crime de coação contra órgãos constitucionais, e até três anos, na perturbação do funcionamento de órgão constitucional.

"Apenas queria demonstrar que estão a ser cometidos graves crimes por parte dos políticos portugueses", disse Ivo Margarido.

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