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IRC: Acordo PSD/PS “é mau presságio para o país”

O acordo entre PSD e PS para a reforma do IRC foi votado esta quinta-feira na especialidade pelos deputados. Para a bancada do Bloco de Esquerda, “este casamento foi uma cedência do PS à maioria e é um mau augúrio, um mau presságio para o país”. Pedro Filipe Soares disse aos jornalistas que “poderia ter havido um desfecho diferente” se o objetivo dos dois maiores partidos fosse “um dinamismo económico que proteja o emprego e as pequenas e médias empresas”.
"O PS tinha dito que só aceitaria negociar o IRC se envolvesse também uma alteração no IRS e no IVA. Vemos que nada disso está em cima da mesa. O IRC será alterado, com benefício para as grandes empresas. O IVA e o IRS - a sobretaxa -, tudo isso se mantém", acrescentou Pedro Filipe Soares.
Com a manutenção das taxas de IVA e IRS, os partidos do bloco central prosseguem assim “a lógica de Vítor Gaspar: se estiver bom tempo poderá descer o IRS, se estiver mau tempo continuaremos a pagar a sobretaxa”, concluiu o líder parlamentar bloquista.
Com os votos do PSD, PS e CDS, as alterações ao IRC foram aprovadas no Parlamento e resultará em ganhos fiscais para as maiores empresas, não apenas pela descida da taxa nominal (de 25% para 23%), mas também porque passam a ter doze anos para reportar prejuízos em vez dos atuais cinco, dispondo agora de ainda maior capacidade para fazer o chamado “planeamento fiscal”, que não é mais do que a subtração do dinheiro devido aos cofres públicos por via contabilística.
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Se o PSD e PS formassem os
Se o PSD e PS formassem os dois um governo até podia ser melhor para o país, assim os portugueses já não tinham desculpa. Ou votavam à esquerda para se livrarem da troika.
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