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Prova de avaliação: Professores devolvem diplomas de licenciatura em protesto

Um grupo de professores entregou esta segunda-feira o "canudo" nos serviços académicos da Universidade do Minho como forma de protesto contra o "silêncio ensurdecedor" das instituições de Ensino Superior sobre a prova de acesso à profissão.
"O que pretendemos é fazer um alerta às instituições do Ensino Superior perante a prova que nos querem obrigar a fazer dia 18".Foto de Paulete Matos

Os docentes, que terão de realizar a referida prova no dia 18, segundo ordem do ministério da Educação, "exigiram" ainda a restituição do valor das propinas pagas ao longo da licenciatura argumentando que "foram enganados".

O grupo tentou ainda manifestar-se dentro da Universidade do Minho, mas foi "conduzido" para o exterior da instituição.

"Fundamentalmente, prende-se com um silêncio ensurdecedor por parte do Ensino Superior relativamente a esta prova que querem que os docentes façam ao fim de tantos anos de serviço. Não faz sentido", explicou um dos professores em protesto, João Gomes.

Segundo este docente, os professores deslocaram-se à UMinho, instituição onde tiraram as suas licenciaturas e fizeram a profissionalização por acharem "por bem" terem conhecimento de "alguma posição" por parte da universidade em relação à dita prova.

Até porque com o apoio das universidades "esta prova não se iria realizar", referiu.

"Vamos pegar nos nossos certificados, canudos, diplomas, vamos deslocar-nos aos serviços académicos e vamos, de forma simbólica, reivindicar o valor das nossas propinas", disse.

Rosalina Dias, uma das professoras em protesto, realçou também "o mero simbolismo" da ação desta manhã.

"O que pretendemos é fazer um alerta às instituições do Ensino Superior perante a prova que nos querem obrigar a fazer dia 18. Licenciamo-nos, obtivemos uma profissionalização concedida por uma instituição de Ensino Superior que, afinal, já não é valida. Querem, agora, exigir uma prova. Sentimos que fomos enganados", explanou.

O grupo tentou protestar dentro do ‘campus’ de Gualtar da UMinho, "junto de um monumento simbólico", a estátua de Prometeu, mas foi impedido pelos seguranças da instituição, que alegaram o regulamento exige que as manifestações dentro do ‘campus’ têm que ser comunicadas com antecedência.

"Fomos simplesmente expulsos de lá. Tivemos que vir para fora do ‘campus’. É lamentável. Pensávamos que era um espaço público, de partilha de ideias e fica muito mal à Universidade do Minho ter este tipo de procedimentos", acusou João Gomes.

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