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Schäuble continuará como ministro das finanças no governo alemão CDU/SPD

76% dos militantes do partido Social Democrata alemão aprovaram a coligação de governo com a CDU de Angela Merkel. Wolfgang Schäuble, que se tem destacado na imposição das políticas de austeridade contra a Europa do Sul, continuará a ser ministro das Finanças, por imposição da chanceler. Sigmar Gabriel, líder do SPD, será ministro da Economia.
Sigmar Gabriel, líder do SPD, será ministro da Economia de Angela Merkel no novo governo alemão

O novo governo alemão será constituído por uma coligação entre o bloco conservador CDU/CSU e o Partido Social Democrata (SPD), filiado na Internacional Socialista.

Angela Merkel terá o seu terceiro mandato como chanceler, enquanto Wolfgang Schäuble se manterá como ministro das Finanças.

Para a aprovação do acordo de governo com os conservadores, o SPD realizou um referendo entre os militantes do partido.

Nesse referendo participaram 77% dos filiados no SPD, 369.680 militantes, tendo 75,69% votado a favor da coligação. 23,95% dos militantes rejeitaram o acordo de governo.

No novo governo de coligação o SPD terá seis ministérios: Sigmar Gabriel, líder do partido, será ministro de Economia e Energia; Frank-Walter Steinmeier, ex-líder parlamentar, será ministro dos Negócios Estrangeiros; a atual tesoureira do partido, Barbara Hendricks será titular do Ambiente; a atual secretária geral, Andrea Nahles, assumirá a pasta do Trabalho e dos Assuntos Sociais; a vicepresidenta, Manuela Schwesig, ocupará a pasta da Família; Heiko Maas, atual ministro da Economia do Estado do Sarre, tornar-se-á ministro da Justiça no governo federal.

O novo governo continuará as políticas conservadoras de Angela Merkel, nomeadamente a política de austeridade na Europa. (Ver artigo no esquerda.net: Alemanha: Um acordo governamental de tipo helvético)

Sendo o traço predominante no acordo a manutenção das políticas seguidas pelo último governo de Angela Merkel, a única novidade é a criação de um salário mínimo na Alemanha, de 8,50 euros à hora. Porém, esse salário mínimo, se vier a concretizar-se, só será definitivamente instaurado a a 1 de janeiro de 2017 e a coligação compromete-se a promover o diálogo entre patronato e sindicatos para se chegar a acordos sobre o salário mínimo por setor. Em certos empregos, como os trabalhadores sazonais ou do setor agroalimentar, os valores salariais ficarão abaixo do valor do salário mínimo.

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