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Casino da Póvoa: para despedir o “Estado paga”
Os manifestantes vestiram-se com t-shirts pretas, com símbolos dos naipes de cartas impressos e contando palavras de ordem como “Estoril Sol lucro sobe 800%” e “12 milhões para despedir, o Estado paga”.
Francisco Figueiredo, representante do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Restaurantes e Similares do Norte, disse aos jornalistas que a Inspeção de Jogos tem de “cumprir e fazer cumprir a lei”.
A Inspeção “não pode estar de olhos vendados” e autorizar que os casinos se “transformem em centros de lavagem de dinheiro de origem ilícita”, afirmou.
Para o sindicalista, “não se pode aceitar que um cliente entre num casino com um saco de dinheiro às costas, que não se sabe a origem e saia de lá com dinheiro limpo”.
Sobre o despedimento coletivo de 21 trabalhadores do Casino da Póvoa, o sindicalista acusou a empresa de querer “reduzir ao mínimo os caixas”.
“Não havendo caixas, não é possível identificar os clientes e não é possível cumprir a lei de branqueamento de capitais”, disse.
Além da Inspeção de Jogos, os trabalhadores deslocaram-se esta segunda-feira à Assembleia da República e à sede do grupo Estoril Sol, que detém o Casino da Póvoa, para exigiram um “quadro de pessoal adequado para que represente uma oferta turística de qualidade”.
Reconhecendo a quebra de lucros de 21,5% no casino em três anos, Francisco Figueiredo explicou que os requisitos para um despedimento coletivo passam por “falta de culpa do empregador e do empregado”.
“[A empresa] reduziu os espetáculos, o serviço de bar e dos restaurantes ou subcontratou-os, reduzindo a qualidade e a quantidade”, notou o sindicalista, acrescentando que o casino reduziu os funcionários em 24,5%.
O sindicalista afirmou, ainda, que a empresa fez obras no valor de 12 milhões de euros, dos quais seis milhões “pagos pelo Estado, descontados nas contrapartidas da concessão”.
“Com esta política, o Casino da Póvoa vai transformar-se num armazém de máquinas automáticas”, resumiu, o representante do STIHRSN, informando que o estabelecimento já teve “mais de 600 trabalhadores, atualmente tem 244 e com este despedimento fica em 220”.
Depois de terminada a negociação há mais de um mês, “agora a empresa está em condições de decidir a qualquer momento” o despedimento coletivo, concluiu.
Um dos funcionários abrangidos pelo processo é Luís Silva, caixa fixo na sala de máquinas e membro da comissão de trabalhadores.
“Todo este processo nasce de um plano da empresa, que já começou há dois/três anos atrás e que visa retirar do casino, todos os representantes dos trabalhadores e os elementos, que a empresa considera, os indesejáveis”, avançou à agência Lusa.
Luís Silva indicou que dos 21 trabalhadores abrangidos pelo processo, “20 estão sindicalizados”, “três são representantes dos trabalhadores” e “três são dirigentes sindicais e um delegado sindical”.
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Meus amigos, eu interrogo-me
Meus amigos, eu interrogo-me sobre o que se está a passar sobre o nosso processo despedimento colectivo do Casino Estoril, considerado urgente e resolvido alguns dos problemas da justiça aparecem ao fim de 3 anos alguns advogados dos nossos colegas, atrasar não se sabe bem porquê o processo em fase de apreciação para julgamento.
1)Aonde se encontravam estes Srs. Advogados, quando nos foi negado ou seja indeferido as três providências cautelares, em que houve uma cessão nem nos deixaram assistir.
2)Aonde se encontravam estes Srs. Advogados, e os nossos colegas quando o tribunal levou 1 ano para notificar 12 colegas nossos.
3)Aonde se encontravam os nosso colegas e que pressão fizeram aos seus Advogados, quando o perito exigido pelo tribunal levou 8 meses a dar o seu parecer, em que referia não ter competências para analisar a fundo a orgânica de casino visto não frequentar tal ambiente e que os verdadeiros peritos são os próprios trabalhadores.
4)Aonde se encontravam estes Srs. Advogados, quando se troca de juiz não se interrogam, mas pelo contrário exigem também peritos para acompanhar a nova peritagem por ordem da nova juíza.
Por estas e outras razões, questiono o que leva os nossos colegas a prejudicar os restantes 46 trabalhadores, que a única razão de estarem em tribunal é para defender o seu posto de trabalho e não para arranjar problemas que prejudicam a vida de outros.O mesmo vai acontecer com o Casino da Povoa porque não temos justiça em portugal mas sim alta corrupção.
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